terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comparativo / teste: Suzuki Boulevard M800 X Harley Davidson Iron 883 X Kawasaki Vulcan 900 Classic X Yamaha Midnight Star XVS 950A

As motos custom são o que há de mais clássico no universo das duas rodas. Motos para passear, viajar, mas principalmente desfilar. Numa custom você jamais passará despercebido, ainda mais se colocar um escapamento esportivo, o ronco de um bicilíndrico em “V” é inconfundível. Neste comparativo temos quatro motos que se encaixam nesta proposta, mas para gostos diferentes.


Suzuki Boulevard M800
Com preço sugerido de R$33.900,00, a Boulevard tem o menor preço neste comparativo e a menor cilindrada, mas isso não quer dizer muita coisa.  No mercado brasileiro desde 2006, recebeu uma atualização visual em 2012 que a deixou com cara de muscle bike. Um projeto que busca claramente se diferenciar dos demais e ter identidade própria, fugindo do senso comum.

Motor e Câmbio
Robustez é a palavra que melhor define o motor das quatro, mas esta Suzuki possui refrigeração líquida, assim como a Vulcan. Roda macio, mas com vigor. Possui 5 marchas, injeção eletrônica, 8 válvulas e 805 CC gerando 53 Hp a 6.000 rpm com 7,04 de torque máximo a 4.000 rpm. O som emitido pelo lindo escapamento duplo não é alto, mas é instigante e gostoso de ouvir.

Acabamento
Quase perfeito, não há economias exceto no freio traseiro à tambor, algo difícil de engolir numa moto que custa mais de R$30.000,00. No mais, é o que há de melhor. Suas rodas não são raiadas como nas clássicas (nenhuma das quatro possui esta característica) e seu farol não é circular, mas protegido por uma carenagem, o que diferencia a moto e lhe dá personalidade. Transmissão por eixo cardã é sinônimo de durabilidade e baixa manutenção. O painel, que fica junto ao farol, é composto por velocímetro analógico e um pequeno mostrador digital com o marcador de combustível e hodômetros.

Conforto
Suspensão dianteira invertida entrega mais esportividade e, juntamente com a suspensão traseira, com balança articulada tipo link de mono amortecimento hidráulico com ajuste na pré-carga da mola se mostram rígidas como em toda custom. O guidão avançado confere excelente ciclística, mas em longas viagens se torna cansativo. Seu banco possui espuma de boa densidade. São 269 Kg em ordem de marcha e tanque com 15,5 litros de capacidade.

Na cidade e na estrada
Melhor na estrada, em viagens de curta/média distância. No trânsito do dia a dia não passa em qualquer corredor (89 cm de largura), o que é normal, e em viagens mais longas o guidão muito avançado cobra seu preço. O consumo varia bastante, subindo consideravelmente na cidade. Na minha opinião nenhuma destas quatro motos foi feita pra ser utilizada no dia a dia.

Peças e serviços
Quantidade de concessionárias razoável pelo Brasil. Peças e serviços caros, o que é comum nesta categoria e faixa de preço. Revisões a cada 3 mil Km são um exagero da Suzuki.



Yamaha Midnight Star XVS950A
Seu valor subiu bastante com o passar dos anos, hoje seu preço sugerido é de R$ 37.500,00. A Yamaha a identifica como uma legítima custom. Diferente das demais possui escapamento com saída única.

Motor e Câmbio
Se aproxima muito da Harley. Sua vibração não passa despercebida. Possui refrigeração a ar, ou seja, é recomendado o uso com uma vestimenta apropriada, pois esquenta bastante, principalmente no trânsito parado das grandes cidades. O Cambio faz aquele barulho característico da marca de Milwaukee e  possui 5 velocidades. São 53,5 cavalos a 6.000 rpm e torque de 7,83 a 3.000 rpm.

Acabamento
Transmissão por correia dentada e freios a disco nas duas rodas, mas ABS nem como opcional. De longe me lembra um pouco a lendária Fat Boy, principalmente o farol e o protetor de bengalas. O acabamento também é perfeito, claro. O painel, sobre o tanque, possui apenas velocímetro analógico e hodômetro digital, parcial e total. Existem queixas relacionadas à durabilidade do kit de transmissão e o seu preço.

Conforto
A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 13,5 mm e a traseira braço oscilante de 110 mm. As plataformas para os pés limitam bastante a diversão nas curvas, mas é claro que a proposta da moto não é essa. O banco é largo e macio. São 261 Kg em ordem de marcha e tanque com capacidade de 17 litros.

Na cidade e na estrada
Seu uso na cidade é praticamente inviável, principalmente devido à largura da moto (1.000 mm) e a temperatura do motor (refrigerado a ar). Foi feita para a estrada, aceitando numa boa longas distâncias.

Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país. O preço de algumas peças é assustador. Vale à pena dar uma conferida antes de fechar negócio.



Harley Davidson Iron 883
Foi durante muitos anos a moto de entrada da Harley Davidson no Brasil. Seu preço também subiu muito com o passar do tempo, hoje seu valor sugerido é de R$42.900,00. Estilo retrô inconfundível, uma moto que transmite presença e principalmente status ao seu proprietário, porém é a mais cara entre as quatro.

Motor e câmbio
Dizem que a mecânica da Harley é inquebrável. Este motor  é conhecidíssimo, com um torque muito bom e cinco velocidades. A Harley não divulga a potência de suas motos, apenas o torque, que é de 6,7 a 3.750 rpm na Iron. Analisando friamente os números percebemos que a Iron possui menos torque que suas concorrentes.

Acabamento
Perfeito, apesar de ser aparentemente simplório, cada detalhe busca a perfeição. ABS vem de série, assim como sistema de segurança. Sua durabilidade é incontestável, é uma moto para toda a vida. Seu painel possui velocímetro eletrônico com hodômetro total, relógio, hodômetro parcial duplo, luzes indicadoras de LED e indicador de marcha e rpm.

Conforto
O conforto fica em segundo plano, em primeiro lugar vem o estilo. Além de ter uma suspensão curta, possui banco para apenas um ocupante. No modelo 2016 sua suspensão traseira foi modificada, agora ela é ajustável. São 256 Kg em ordem de marcha.

Na cidade e na estrada
É possível utilizá-la no dia a dia (830 mm de largura) e a Harley faz questão de divulgar isso, mas eu tenho minhas dúvidas. Seu desempenho na estrada é satisfatório, porém não a vejo como uma moto para longas viagens, pois o seu tanque possui capacidade para apenas 12,5 litros (o menor neste comparativo), o que resulta numa autonomia baixa.

Peças e serviços
Ainda existem poucas concessionárias pelo Brasil. Os preços das manutenções e peças não são convidativos, a Harley ainda não é uma moto para qualquer um (aqui no Brasil).


Kawasaki Vulcan 900 Classic
A Vulcan está presente no Brasil no Brasil há muito tempo. Trata-se de uma legítima cruiser. A Kawasaki ainda possui outras variantes do modelo: custom e Classic LT (mais equipada). Vale ressaltar que neste ano foi lançada a Vulcan S 650, com um design mais jovial e o mesmo motor bicilíndrico presente na Versys, Er-6n e Ninja 650r, por um preço mais acessível que as demais.

Motor e câmbio
Suave e forte, com um bom torque e cinco velocidades. Refrigeração líquida, 50 cavalos a 5.700 rpm e torque de 8,0 Kgfm a 3.700 rpm. Câmbio semelhante às demais, com engates ruidosos, mas de escalonamento excelente.

Acabamento
Perfeito, assim com as outras presentes neste comparativo. Seu painel, sobre o tanque, possui velocímetro analógico, hodômetro total e parcial e marcador de combustível(!).

Conforto
Banco com espuma de boa densidade e guidão com 1005 mm de largura favorecem longos percursos. Sua suspensão dianteira possui garfo telescópico de 41 mm e a suspensão traseira é uni-trak com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis. São 282 Kg em ordem de marcha (a mais pesada neste comparativo) e tanque com capacidade de 20 litros (o maior neste comparativo).

Na cidade e na estrada
Seu conforto e amplas dimensões mostram sua proposta rodoviária. É uma moto feita para viajar, logo seu uso na cidade está condicionado ao trânsito.

Peças e serviços
A Kawasaki ainda possui um número limitado de concessionárias autorizadas. É melhor pesquisar a disponibilidade das peças de reposição antes de fechar negócio.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por onde anda a Suzuki Inazuma 250? Comparativo/teste.


No final do primeiro semestre do ano passado a Suzuki Inazuma foi lançada no Brasil sem nenhum alarde ou campanhas de marketing expressivas. A moto veio com status de novidade e com qualidades para entrar na briga entre as 250 cilindradas. Não foi o que aconteceu, pelo menos até agora. Até o momento são poucas vistas nas ruas. Quais são os fatores que justificam a sua pouca aceitação? É o que veremos.

Num mercado tão competitivo quais são atributos desta moto?
Ela tem painel completíssimo e muito bonito (tem até indicador de marcha), motor bicilíndrico em linha com refrigeração líquida, câmbio de 6 marchas, piscas integrados à carenagem do tanque (clara referência á B-king) e escapamento duplo, o que torna a moto bastante "encorpada" e contribui para o seu peso elevado..

Mas então porque a moto não se faz presente nas ruas?
Em primeiro lugar, o preço não é condizente com a categoria/proposta: moto de uso diário. O valor sugerido é de R$16.900. Com R$3.000 a menos podemos comprar uma Yamaha Fazer 250, que está no mercado há quase 10 anos e construiu uma reputação sólida, apesar de ser visada. Se pelo menos a Inazuma tivesse ABS de série, o preço ficaria razoável.

Em segundo lugar, temos a relação peso-potência. A Inazuma possui 182 kg em ordem de marcha e 24,5 hp. Não é preciso ser um especialista para questionar estes números. A Fazer apesar de ter 20,9 cavalos, possui apenas 153 Kg em ordem de marcha, são quase 30 quilos de diferença. O que quero dizer é que a Inazuma possui o peso de uma moto de 500 cc. A CB 500F, por exemplo, possui 190 Kg em ordem de marcha. Tendo um desempenho melhor, talvez a Inazuma fizesse mais sucesso.

Em terceiro lugar, seus atributos não são determinantes. A refrigeração líquida e o câmbio de 6 velocidades podemos encontrar na Dafra Next. A Comet 250 também é bicilíndrica (pena que a Kasinski faliu), sem falar na CB 300 que é a mais vendida há anos. Ou seja, as concorrentes da Inazuma estão consolidadas no mercado há alguns anos, com ou sem méritos, e aprovadas pelo consumidor (ou não), enquanto que a moto da Suzuki ainda precisa construir a sua reputação.

Outro ponto importante é o custo de manutenção da moto. Suas peças de reposição são absurdamente caras para uma 250 cc.

Há que ser dito que o acabamento da Inazuma é superior, a moto é a mais confortável da categoria e muito boa para viagens, mas só posso ter uma conclusão após esta breve análise: faltou a própria Suzuki acreditar mais no seu produto. Com um preço competitivo a moto poderia sim alcançar voos maiores, já que as duas motos mais vendidas na categoria estão no mercado há muito tempo sem grandes atualizações (exceto no preço!). A Fazer está no mercado desde 2006 e a CB 300 desde 2009. Com o lançamento, no Salão Duas Rodas deste ano, da CB Twister, além dos recentes lançamentos da Z 300 e da Duke 200 a briga tende a ser boa. É claro que são motos com propostas diferentes, mas que se aproximam no preço.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comparativo / teste: Suzuki Boulevard M800 X Harley Davidson Iron 883 X Kawasaki Vulcan 900 Classic X Yamaha Midnight Star XVS 950A

As motos custom são o que há de mais clássico no universo das duas rodas. Motos para passear, viajar, mas principalmente desfilar. Numa custom você jamais passará despercebido, ainda mais se colocar um escapamento esportivo, o ronco de um bicilíndrico em “V” é inconfundível. Neste comparativo temos quatro motos que se encaixam nesta proposta, mas para gostos diferentes.


Suzuki Boulevard M800
Com preço sugerido de R$33.900,00, a Boulevard tem o menor preço neste comparativo e a menor cilindrada, mas isso não quer dizer muita coisa.  No mercado brasileiro desde 2006, recebeu uma atualização visual em 2012 que a deixou com cara de muscle bike. Um projeto que busca claramente se diferenciar dos demais e ter identidade própria, fugindo do senso comum.

Motor e Câmbio
Robustez é a palavra que melhor define o motor das quatro, mas esta Suzuki possui refrigeração líquida, assim como a Vulcan. Roda macio, mas com vigor. Possui 5 marchas, injeção eletrônica, 8 válvulas e 805 CC gerando 53 Hp a 6.000 rpm com 7,04 de torque máximo a 4.000 rpm. O som emitido pelo lindo escapamento duplo não é alto, mas é instigante e gostoso de ouvir.

Acabamento
Quase perfeito, não há economias exceto no freio traseiro à tambor, algo difícil de engolir numa moto que custa mais de R$30.000,00. No mais, é o que há de melhor. Suas rodas não são raiadas como nas clássicas (nenhuma das quatro possui esta característica) e seu farol não é circular, mas protegido por uma carenagem, o que diferencia a moto e lhe dá personalidade. Transmissão por eixo cardã é sinônimo de durabilidade e baixa manutenção. O painel, que fica junto ao farol, é composto por velocímetro analógico e um pequeno mostrador digital com o marcador de combustível e hodômetros.

Conforto
Suspensão dianteira invertida entrega mais esportividade e, juntamente com a suspensão traseira, com balança articulada tipo link de mono amortecimento hidráulico com ajuste na pré-carga da mola se mostram rígidas como em toda custom. O guidão avançado confere excelente ciclística, mas em longas viagens se torna cansativo. Seu banco possui espuma de boa densidade. São 269 Kg em ordem de marcha e tanque com 15,5 litros de capacidade.

Na cidade e na estrada
Melhor na estrada, em viagens de curta/média distância. No trânsito do dia a dia não passa em qualquer corredor (89 cm de largura), o que é normal, e em viagens mais longas o guidão muito avançado cobra seu preço. O consumo varia bastante, subindo consideravelmente na cidade. Na minha opinião nenhuma destas quatro motos foi feita pra ser utilizada no dia a dia.

Peças e serviços
Quantidade de concessionárias razoável pelo Brasil. Peças e serviços caros, o que é comum nesta categoria e faixa de preço. Revisões a cada 3 mil Km são um exagero da Suzuki.



Yamaha Midnight Star XVS950A
Seu valor subiu bastante com o passar dos anos, hoje seu preço sugerido é de R$ 37.500,00. A Yamaha a identifica como uma legítima custom. Diferente das demais possui escapamento com saída única.

Motor e Câmbio
Se aproxima muito da Harley. Sua vibração não passa despercebida. Possui refrigeração a ar, ou seja, é recomendado o uso com uma vestimenta apropriada, pois esquenta bastante, principalmente no trânsito parado das grandes cidades. O Cambio faz aquele barulho característico da marca de Milwaukee e  possui 5 velocidades. São 53,5 cavalos a 6.000 rpm e torque de 7,83 a 3.000 rpm.

Acabamento
Transmissão por correia dentada e freios a disco nas duas rodas, mas ABS nem como opcional. De longe me lembra um pouco a lendária Fat Boy, principalmente o farol e o protetor de bengalas. O acabamento também é perfeito, claro. O painel, sobre o tanque, possui apenas velocímetro analógico e hodômetro digital, parcial e total. Existem queixas relacionadas à durabilidade do kit de transmissão e o seu preço.

Conforto
A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 13,5 mm e a traseira braço oscilante de 110 mm. As plataformas para os pés limitam bastante a diversão nas curvas, mas é claro que a proposta da moto não é essa. O banco é largo e macio. São 261 Kg em ordem de marcha e tanque com capacidade de 17 litros.

Na cidade e na estrada
Seu uso na cidade é praticamente inviável, principalmente devido à largura da moto (1.000 mm) e a temperatura do motor (refrigerado a ar). Foi feita para a estrada, aceitando numa boa longas distâncias.

Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país. O preço de algumas peças é assustador. Vale à pena dar uma conferida antes de fechar negócio.



Harley Davidson Iron 883
Foi durante muitos anos a moto de entrada da Harley Davidson no Brasil. Seu preço também subiu muito com o passar do tempo, hoje seu valor sugerido é de R$42.900,00. Estilo retrô inconfundível, uma moto que transmite presença e principalmente status ao seu proprietário, porém é a mais cara entre as quatro.

Motor e câmbio
Dizem que a mecânica da Harley é inquebrável. Este motor  é conhecidíssimo, com um torque muito bom e cinco velocidades. A Harley não divulga a potência de suas motos, apenas o torque, que é de 6,7 a 3.750 rpm na Iron. Analisando friamente os números percebemos que a Iron possui menos torque que suas concorrentes.

Acabamento
Perfeito, apesar de ser aparentemente simplório, cada detalhe busca a perfeição. ABS vem de série, assim como sistema de segurança. Sua durabilidade é incontestável, é uma moto para toda a vida. Seu painel possui velocímetro eletrônico com hodômetro total, relógio, hodômetro parcial duplo, luzes indicadoras de LED e indicador de marcha e rpm.

Conforto
O conforto fica em segundo plano, em primeiro lugar vem o estilo. Além de ter uma suspensão curta, possui banco para apenas um ocupante. No modelo 2016 sua suspensão traseira foi modificada, agora ela é ajustável. São 256 Kg em ordem de marcha.

Na cidade e na estrada
É possível utilizá-la no dia a dia (830 mm de largura) e a Harley faz questão de divulgar isso, mas eu tenho minhas dúvidas. Seu desempenho na estrada é satisfatório, porém não a vejo como uma moto para longas viagens, pois o seu tanque possui capacidade para apenas 12,5 litros (o menor neste comparativo), o que resulta numa autonomia baixa.

Peças e serviços
Ainda existem poucas concessionárias pelo Brasil. Os preços das manutenções e peças não são convidativos, a Harley ainda não é uma moto para qualquer um (aqui no Brasil).


Kawasaki Vulcan 900 Classic
A Vulcan está presente no Brasil no Brasil há muito tempo. Trata-se de uma legítima cruiser. A Kawasaki ainda possui outras variantes do modelo: custom e Classic LT (mais equipada). Vale ressaltar que neste ano foi lançada a Vulcan S 650, com um design mais jovial e o mesmo motor bicilíndrico presente na Versys, Er-6n e Ninja 650r, por um preço mais acessível que as demais.

Motor e câmbio
Suave e forte, com um bom torque e cinco velocidades. Refrigeração líquida, 50 cavalos a 5.700 rpm e torque de 8,0 Kgfm a 3.700 rpm. Câmbio semelhante às demais, com engates ruidosos, mas de escalonamento excelente.

Acabamento
Perfeito, assim com as outras presentes neste comparativo. Seu painel, sobre o tanque, possui velocímetro analógico, hodômetro total e parcial e marcador de combustível(!).

Conforto
Banco com espuma de boa densidade e guidão com 1005 mm de largura favorecem longos percursos. Sua suspensão dianteira possui garfo telescópico de 41 mm e a suspensão traseira é uni-trak com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis. São 282 Kg em ordem de marcha (a mais pesada neste comparativo) e tanque com capacidade de 20 litros (o maior neste comparativo).

Na cidade e na estrada
Seu conforto e amplas dimensões mostram sua proposta rodoviária. É uma moto feita para viajar, logo seu uso na cidade está condicionado ao trânsito.

Peças e serviços
A Kawasaki ainda possui um número limitado de concessionárias autorizadas. É melhor pesquisar a disponibilidade das peças de reposição antes de fechar negócio.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por onde anda a Suzuki Inazuma 250? Comparativo/teste.


No final do primeiro semestre do ano passado a Suzuki Inazuma foi lançada no Brasil sem nenhum alarde ou campanhas de marketing expressivas. A moto veio com status de novidade e com qualidades para entrar na briga entre as 250 cilindradas. Não foi o que aconteceu, pelo menos até agora. Até o momento são poucas vistas nas ruas. Quais são os fatores que justificam a sua pouca aceitação? É o que veremos.

Num mercado tão competitivo quais são atributos desta moto?
Ela tem painel completíssimo e muito bonito (tem até indicador de marcha), motor bicilíndrico em linha com refrigeração líquida, câmbio de 6 marchas, piscas integrados à carenagem do tanque (clara referência á B-king) e escapamento duplo, o que torna a moto bastante "encorpada" e contribui para o seu peso elevado..

Mas então porque a moto não se faz presente nas ruas?
Em primeiro lugar, o preço não é condizente com a categoria/proposta: moto de uso diário. O valor sugerido é de R$16.900. Com R$3.000 a menos podemos comprar uma Yamaha Fazer 250, que está no mercado há quase 10 anos e construiu uma reputação sólida, apesar de ser visada. Se pelo menos a Inazuma tivesse ABS de série, o preço ficaria razoável.

Em segundo lugar, temos a relação peso-potência. A Inazuma possui 182 kg em ordem de marcha e 24,5 hp. Não é preciso ser um especialista para questionar estes números. A Fazer apesar de ter 20,9 cavalos, possui apenas 153 Kg em ordem de marcha, são quase 30 quilos de diferença. O que quero dizer é que a Inazuma possui o peso de uma moto de 500 cc. A CB 500F, por exemplo, possui 190 Kg em ordem de marcha. Tendo um desempenho melhor, talvez a Inazuma fizesse mais sucesso.

Em terceiro lugar, seus atributos não são determinantes. A refrigeração líquida e o câmbio de 6 velocidades podemos encontrar na Dafra Next. A Comet 250 também é bicilíndrica (pena que a Kasinski faliu), sem falar na CB 300 que é a mais vendida há anos. Ou seja, as concorrentes da Inazuma estão consolidadas no mercado há alguns anos, com ou sem méritos, e aprovadas pelo consumidor (ou não), enquanto que a moto da Suzuki ainda precisa construir a sua reputação.

Outro ponto importante é o custo de manutenção da moto. Suas peças de reposição são absurdamente caras para uma 250 cc.

Há que ser dito que o acabamento da Inazuma é superior, a moto é a mais confortável da categoria e muito boa para viagens, mas só posso ter uma conclusão após esta breve análise: faltou a própria Suzuki acreditar mais no seu produto. Com um preço competitivo a moto poderia sim alcançar voos maiores, já que as duas motos mais vendidas na categoria estão no mercado há muito tempo sem grandes atualizações (exceto no preço!). A Fazer está no mercado desde 2006 e a CB 300 desde 2009. Com o lançamento, no Salão Duas Rodas deste ano, da CB Twister, além dos recentes lançamentos da Z 300 e da Duke 200 a briga tende a ser boa. É claro que são motos com propostas diferentes, mas que se aproximam no preço.

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