terça-feira, 6 de setembro de 2016

Comparativo / teste Yamaha Fazer 250 X Honda CB Twister 250

Yamaha Fazer 250
No mercado há mais de 10 anos, testada e aprovada, foi a primeira da categoria a apresentar injeção eletrônica de combustível. As últimas atualizações foram apenas estéticas, além do motor flex. Hoje é uma das melhores opções, com excelente custo benefício e grande credibilidade.

Resultado de imagem

Motor e câmbio
São 259,45 cc, com 74 mm de diâmetro e 58 mm de curso. Na Fazer precisamos acelerar mais, pois as resposta são um pouco mais lentas. São 20,7 cavalos à 8.000 rpm com gasolina e 20,9 cavalos a 8.000 rpm com etanol. Ela desenvolve 2,09 kgf.m a 6.500 rmp com gasolina e 2,10 kgf.m a 6.500 rpm com etanol. Possui um cuidado a mais como o pistão forjado. 
Apesar de ter apenas duas válvulas e pouco menos de 21 cavalos, essa diferença não se torna fator determinante de escolha. É uma moto bastante econômica, com consumo acima dos 30 Km/l, dependendo da tocada. Tem um funcionamento extremamente linear, ou seja, tem uma entrega de potência e torque gradual e sem trancos, assim como a Cb Twister. Aquele conhecido barulhinho do motor característico da Yamaha está lá, mas não incomoda. O câmbio possui 5 velocidades e é um pouco duro nos primeiros quilômetros, o que também é característica da Yamaha, porém é bastante preciso e ajustado. Tem refrigeração a ar e radiador de óleo, e mecânica extremamente confiável e simples. O tanque comporta 18,5 litros, os modelos anteriores 19.

Acabamento e design
Exemplar, a Honda deveria se espelhar nela. O painel é completo (no modelo anterior era melhor) e de leitura fácil. Os comandos dos punhos e demais peças plásticas passam uma impressão muito boa. O farol traseiro é em led´s, assim como na CB Twister e o farol dianteiro tem desenho bonito e atual. O porém fica por conta do escapamento, poderia ser mais bonito, mas é muito melhor do que o da concorrente. O design evoluiu muito com o passar do tempo, lembrando um pouco a "irmã" maior XJ6.

Conforto e suspensão
É mais confortável. Apesar da posição de pilotagem ser mais encurvada, o banco e a suspensão são mais macios. As pedaleiras por sua vez ficam na medida certa. A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 120 mm de curso e a suspensão traseira possui link com 54 mm (120 mm de curso da roda). O garupa vai muito bem acomodado já que a parte traseira do banco é larga. A altura do assento é de 805 mm.

Segurança e equipamentos
Possui freio a disco simples nas duas rodas de bom funcionamento, mas o traseiro é um pouco borrachudo. São 182 mm de diâmetro no freio dianteiro e 200 mm de diâmetro no freio traseiro. Os pneus são Pirelli Sport Demon. Não conta com ABS nem como opcional.

Na cidade e na estrada
Divertida e esperta em ambas situações. Na cidade é fácil conduzir por ser leve e também graças ao motor de duas válvulas que privilegia rotações mais baixas, além de ser extremamente macia. Na estrada tem velocidade de cruzeiro um pouco inferior. As duas válvulas a mais da CB Twister fazem a diferença tanto na saída como nas retomadas, ou seja, a Cb Twister anda mais do que a Fazer.

Peças e serviços
Um dos melhores pós-venda. Preço tabelado e peças acessíveis e uma grande rede de concessionárias. Levando em consideração a CB Twister sem ABS, a Fazer é, pelo menos, R$ 800,00 mais barata.


Honda CB Twister
Depois de alguns anos de mercado a Honda decidiu tirar a CB 300r de linha (sem nunca admitir os problemas com o cabeçote). Para o seu lugar trouxe uma moto totalmente nova e, dessa vez, não reaproveitou o motor. Como a CB 300r não se adequava às eminentes regras de emissão a CB Twister foi lançada com o objetivo de superar tecnicamente a sua maior concorrente, a Fazer.

Resultado de imagem

Motor e câmbio
São 249,5 cc, com 71 mm de diâmetro e 63 mm de curso, ou seja, trata-se de um motor mais "quadrado", com boas respostas desde as rotações mais baixas. São 22,4 cavalos à 7.500 rpm com gasolina e 22,6 cavalos a 7.500 rpm com etanol. Ela possui 2,24 kgf.m a 6.000 rpm com gasolina e 2,28 kgf.m a 6.000 rpm com etanol. Também é uma moto bastante econômica, com médias acima dos 32 Km/l,dependendo do condutor. A Honda continua adotando 4 válvulas, mas agora com comando simples, que demanda menos manutenção. Tem funcionamento liso e com respostas mais rápidas. Trata-se de um motor com boas respostas, mas que "gira" menos que a Fazer, pois possui 6 marchas. Como a Fazer possui 5 marchas, a CB Twister possui uma velocidade de cruzeiro e velocidade máxima superiores à concorrente. A refrigeração é a ar e radiador de óleo, assim como na Yamaha.O câmbio, como já disse, possui 6 velocidades e é macio e fácil de engatar como em qualquer Honda. O tanque comporta 16,5 litros.

Acabamento e design
No acabamento a moto deixa um pouco a desejar. O escapamento por exemplo é mais feio (questão de gosto) e simples do que o da CG. A traseira possui led´s, assim como a Fazer. Já o farol dianteiro lembra muito a "irmã" menor de 160 cc. O Painel é estilo blackout digital e talvez seja o maior destaque da moto. O design por sua vez é mais agressivo do que o de sua antecessora, mas lembra muito a Titan.

Conforto e suspensão
A Cb Twister possui uma posição de pilotagem mais ereta do que a Fazer, em contrapartida o seu banco é mais estreito e com menos espuma. A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 130 mm de curso e a suspensão traseira é do tipo monoshock com 108 mm. Apesar da suspensão traseira possuir dupla mola (uma para buracos normais e outra para buracos em sequência), seu funcionamento é inferior á rival (com link), pois é mais rígida. A altura do assento é de 784 mm.

Segurança e equipamentos
Dá um banho na rival por oferecer ABS como opcional, pena não ser mais combinado, como era na CB 300r. São 276 mm de diâmetro no freio dianteiro e 220 mm de diâmetro no freio traseiro. Os pneus são radiais (Pirelli Diablo Rosso II). 

Na cidade e na estrada
Apesar do câmbio de 6 marchas, a CB Twister é melhor na cidade. Suas respostas mais rápidas, marchas curtas e uma terceira como coringa privilegiam o uso urbano. O porém fica por conta da suspensão traseira mais rígida, que também era característica da CB 300r. O banco, mais fino e com menos espuma, prejudica trajetos mais longos e complica a vida do garupa.

Peças e serviços
A Honda possui a maior rede de concessionárias do país, ponto a favor. O fato da CB Twister estar a pouco tempo no mercado prejudica o preço das peças de reposição. O preço praticado pelas concessionárias geralmente é muito superior ao preço sugerido.


Conclusão
Talvez a Honda finalmente tenha feito uma moto melhor do que a Fazer (nessa categoria), mas ainda precisa construir sua reputação.Pelo tempo que a Honda teve para fazer algo melhor do que a CB 300r, esperava-se muito mais. A Fazer é uma escolha puramente racional, pois já provou sua qualidade e durabilidade. A Honda pecou no acabamento da moto, já a Fazer, dentro da sua proposta,
não tem mais aonde evoluir ou melhorar.
Resumindo, a Honda oferece um projeto mais moderno, porém simples e a Fazer evoluiu a cada ano. Cabe ao consumidor colocar cada fator na balança e decidir.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comparativo / teste: Suzuki Boulevard M800 X Harley Davidson Iron 883 X Kawasaki Vulcan 900 Classic X Yamaha Midnight Star XVS 950A

As motos custom são o que há de mais clássico no universo das duas rodas. Motos para passear, viajar, mas principalmente desfilar. Numa custom você jamais passará despercebido, ainda mais se colocar um escapamento esportivo, o ronco de um bicilíndrico em “V” é inconfundível. Neste comparativo temos quatro motos que se encaixam nesta proposta, mas para gostos diferentes.


Suzuki Boulevard M800
Com preço sugerido de R$33.900,00, a Boulevard tem o menor preço neste comparativo e a menor cilindrada, mas isso não quer dizer muita coisa.  No mercado brasileiro desde 2006, recebeu uma atualização visual em 2012 que a deixou com cara de muscle bike. Um projeto que busca claramente se diferenciar dos demais e ter identidade própria, fugindo do senso comum.

Motor e Câmbio
Robustez é a palavra que melhor define o motor das quatro, mas esta Suzuki possui refrigeração líquida, assim como a Vulcan. Roda macio, mas com vigor. Possui 5 marchas, injeção eletrônica, 8 válvulas e 805 CC gerando 53 Hp a 6.000 rpm com 7,04 de torque máximo a 4.000 rpm. O som emitido pelo lindo escapamento duplo não é alto, mas é instigante e gostoso de ouvir.

Acabamento
Quase perfeito, não há economias exceto no freio traseiro à tambor, algo difícil de engolir numa moto que custa mais de R$30.000,00. No mais, é o que há de melhor. Suas rodas não são raiadas como nas clássicas (nenhuma das quatro possui esta característica) e seu farol não é circular, mas protegido por uma carenagem, o que diferencia a moto e lhe dá personalidade. Transmissão por eixo cardã é sinônimo de durabilidade e baixa manutenção. O painel, que fica junto ao farol, é composto por velocímetro analógico e um pequeno mostrador digital com o marcador de combustível e hodômetros.

Conforto
Suspensão dianteira invertida entrega mais esportividade e, juntamente com a suspensão traseira, com balança articulada tipo link de mono amortecimento hidráulico com ajuste na pré-carga da mola se mostram rígidas como em toda custom. O guidão avançado confere excelente ciclística, mas em longas viagens se torna cansativo. Seu banco possui espuma de boa densidade. São 269 Kg em ordem de marcha e tanque com 15,5 litros de capacidade.

Na cidade e na estrada
Melhor na estrada, em viagens de curta/média distância. No trânsito do dia a dia não passa em qualquer corredor (89 cm de largura), o que é normal, e em viagens mais longas o guidão muito avançado cobra seu preço. O consumo varia bastante, subindo consideravelmente na cidade. Na minha opinião nenhuma destas quatro motos foi feita pra ser utilizada no dia a dia.

Peças e serviços
Quantidade de concessionárias razoável pelo Brasil. Peças e serviços caros, o que é comum nesta categoria e faixa de preço. Revisões a cada 3 mil Km são um exagero da Suzuki.



Yamaha Midnight Star XVS950A
Seu valor subiu bastante com o passar dos anos, hoje seu preço sugerido é de R$ 37.500,00. A Yamaha a identifica como uma legítima custom. Diferente das demais possui escapamento com saída única.

Motor e Câmbio
Se aproxima muito da Harley. Sua vibração não passa despercebida. Possui refrigeração a ar, ou seja, é recomendado o uso com uma vestimenta apropriada, pois esquenta bastante, principalmente no trânsito parado das grandes cidades. O Cambio faz aquele barulho característico da marca de Milwaukee e  possui 5 velocidades. São 53,5 cavalos a 6.000 rpm e torque de 7,83 a 3.000 rpm.

Acabamento
Transmissão por correia dentada e freios a disco nas duas rodas, mas ABS nem como opcional. De longe me lembra um pouco a lendária Fat Boy, principalmente o farol e o protetor de bengalas. O acabamento também é perfeito, claro. O painel, sobre o tanque, possui apenas velocímetro analógico e hodômetro digital, parcial e total. Existem queixas relacionadas à durabilidade do kit de transmissão e o seu preço.

Conforto
A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 13,5 mm e a traseira braço oscilante de 110 mm. As plataformas para os pés limitam bastante a diversão nas curvas, mas é claro que a proposta da moto não é essa. O banco é largo e macio. São 261 Kg em ordem de marcha e tanque com capacidade de 17 litros.

Na cidade e na estrada
Seu uso na cidade é praticamente inviável, principalmente devido à largura da moto (1.000 mm) e a temperatura do motor (refrigerado a ar). Foi feita para a estrada, aceitando numa boa longas distâncias.

Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país. O preço de algumas peças é assustador. Vale à pena dar uma conferida antes de fechar negócio.



Harley Davidson Iron 883
Foi durante muitos anos a moto de entrada da Harley Davidson no Brasil. Seu preço também subiu muito com o passar do tempo, hoje seu valor sugerido é de R$42.900,00. Estilo retrô inconfundível, uma moto que transmite presença e principalmente status ao seu proprietário, porém é a mais cara entre as quatro.

Motor e câmbio
Dizem que a mecânica da Harley é inquebrável. Este motor  é conhecidíssimo, com um torque muito bom e cinco velocidades. A Harley não divulga a potência de suas motos, apenas o torque, que é de 6,7 a 3.750 rpm na Iron. Analisando friamente os números percebemos que a Iron possui menos torque que suas concorrentes.

Acabamento
Perfeito, apesar de ser aparentemente simplório, cada detalhe busca a perfeição. ABS vem de série, assim como sistema de segurança. Sua durabilidade é incontestável, é uma moto para toda a vida. Seu painel possui velocímetro eletrônico com hodômetro total, relógio, hodômetro parcial duplo, luzes indicadoras de LED e indicador de marcha e rpm.

Conforto
O conforto fica em segundo plano, em primeiro lugar vem o estilo. Além de ter uma suspensão curta, possui banco para apenas um ocupante. No modelo 2016 sua suspensão traseira foi modificada, agora ela é ajustável. São 256 Kg em ordem de marcha.

Na cidade e na estrada
É possível utilizá-la no dia a dia (830 mm de largura) e a Harley faz questão de divulgar isso, mas eu tenho minhas dúvidas. Seu desempenho na estrada é satisfatório, porém não a vejo como uma moto para longas viagens, pois o seu tanque possui capacidade para apenas 12,5 litros (o menor neste comparativo), o que resulta numa autonomia baixa.

Peças e serviços
Ainda existem poucas concessionárias pelo Brasil. Os preços das manutenções e peças não são convidativos, a Harley ainda não é uma moto para qualquer um (aqui no Brasil).


Kawasaki Vulcan 900 Classic
A Vulcan está presente no Brasil no Brasil há muito tempo. Trata-se de uma legítima cruiser. A Kawasaki ainda possui outras variantes do modelo: custom e Classic LT (mais equipada). Vale ressaltar que neste ano foi lançada a Vulcan S 650, com um design mais jovial e o mesmo motor bicilíndrico presente na Versys, Er-6n e Ninja 650r, por um preço mais acessível que as demais.

Motor e câmbio
Suave e forte, com um bom torque e cinco velocidades. Refrigeração líquida, 50 cavalos a 5.700 rpm e torque de 8,0 Kgfm a 3.700 rpm. Câmbio semelhante às demais, com engates ruidosos, mas de escalonamento excelente.

Acabamento
Perfeito, assim com as outras presentes neste comparativo. Seu painel, sobre o tanque, possui velocímetro analógico, hodômetro total e parcial e marcador de combustível(!).

Conforto
Banco com espuma de boa densidade e guidão com 1005 mm de largura favorecem longos percursos. Sua suspensão dianteira possui garfo telescópico de 41 mm e a suspensão traseira é uni-trak com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis. São 282 Kg em ordem de marcha (a mais pesada neste comparativo) e tanque com capacidade de 20 litros (o maior neste comparativo).

Na cidade e na estrada
Seu conforto e amplas dimensões mostram sua proposta rodoviária. É uma moto feita para viajar, logo seu uso na cidade está condicionado ao trânsito.

Peças e serviços
A Kawasaki ainda possui um número limitado de concessionárias autorizadas. É melhor pesquisar a disponibilidade das peças de reposição antes de fechar negócio.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por onde anda a Suzuki Inazuma 250? Comparativo/teste.


No final do primeiro semestre do ano passado a Suzuki Inazuma foi lançada no Brasil sem nenhum alarde ou campanhas de marketing expressivas. A moto veio com status de novidade e com qualidades para entrar na briga entre as 250 cilindradas. Não foi o que aconteceu, pelo menos até agora. Até o momento são poucas vistas nas ruas. Quais são os fatores que justificam a sua pouca aceitação? É o que veremos.

Num mercado tão competitivo quais são atributos desta moto?
Ela tem painel completíssimo e muito bonito (tem até indicador de marcha), motor bicilíndrico em linha com refrigeração líquida, câmbio de 6 marchas, piscas integrados à carenagem do tanque (clara referência á B-king) e escapamento duplo, o que torna a moto bastante "encorpada" e contribui para o seu peso elevado..

Mas então porque a moto não se faz presente nas ruas?
Em primeiro lugar, o preço não é condizente com a categoria/proposta: moto de uso diário. O valor sugerido é de R$16.900. Com R$3.000 a menos podemos comprar uma Yamaha Fazer 250, que está no mercado há quase 10 anos e construiu uma reputação sólida, apesar de ser visada. Se pelo menos a Inazuma tivesse ABS de série, o preço ficaria razoável.

Em segundo lugar, temos a relação peso-potência. A Inazuma possui 182 kg em ordem de marcha e 24,5 hp. Não é preciso ser um especialista para questionar estes números. A Fazer apesar de ter 20,9 cavalos, possui apenas 153 Kg em ordem de marcha, são quase 30 quilos de diferença. O que quero dizer é que a Inazuma possui o peso de uma moto de 500 cc. A CB 500F, por exemplo, possui 190 Kg em ordem de marcha. Tendo um desempenho melhor, talvez a Inazuma fizesse mais sucesso.

Em terceiro lugar, seus atributos não são determinantes. A refrigeração líquida e o câmbio de 6 velocidades podemos encontrar na Dafra Next. A Comet 250 também é bicilíndrica (pena que a Kasinski faliu), sem falar na CB 300 que é a mais vendida há anos. Ou seja, as concorrentes da Inazuma estão consolidadas no mercado há alguns anos, com ou sem méritos, e aprovadas pelo consumidor (ou não), enquanto que a moto da Suzuki ainda precisa construir a sua reputação.

Outro ponto importante é o custo de manutenção da moto. Suas peças de reposição são absurdamente caras para uma 250 cc.

Há que ser dito que o acabamento da Inazuma é superior, a moto é a mais confortável da categoria e muito boa para viagens, mas só posso ter uma conclusão após esta breve análise: faltou a própria Suzuki acreditar mais no seu produto. Com um preço competitivo a moto poderia sim alcançar voos maiores, já que as duas motos mais vendidas na categoria estão no mercado há muito tempo sem grandes atualizações (exceto no preço!). A Fazer está no mercado desde 2006 e a CB 300 desde 2009. Com o lançamento, no Salão Duas Rodas deste ano, da CB Twister, além dos recentes lançamentos da Z 300 e da Duke 200 a briga tende a ser boa. É claro que são motos com propostas diferentes, mas que se aproximam no preço.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Comparativo/teste: Yamaha XTZ 125 X Honda Bros 125

Yamaha XTZ 125 X Honda Bros 125 

As nossas ruas e estradas definitivamente são de péssima qualidade. Algumas pessoas optam pelas motos on/off road justamente para encarar a buraqueira de nossos centros urbanos com um pouco mais de desenvoltura. A grande vantagem das motos on/off road está na possibilidade de realizar pequenas aventuras no fora de estrada. Nos últimos anos estas motos se tornaram muito mais on do que off, mas preservam algumas características interessantes, como as suspensões elevadas.
A XTZ 125 está no mercado a mais de uma década e pouco mudou, talvez por isso tenha perdido o posto de mais vendida para a Bros 150 e nunca mais se recuperou. Como a Bros 150 está numa faixa de preço bem acima da XTZ (contando o ágio das concessionárias) a Honda resolveu voltar no tempo. Lançou a Bros também com o motor 125 cc carburado da Fan, para competir diretamente com a XTZ e também com outras motos como a CRZ (Kasinski) e a Fly (Traxx). Para isso, além de abrir mão da injeção eletrônica, deixou de lado o freio a disco.
Perdendo tantas qualidade, será que vale o que custa? Na minha opinião tanto a Bros como a XTZ são motos extremamente simples e não são projetos novos, poderiam ser a porta de entrada para o universo das duas rodas, mas definitivamente poderiam ter um preço mais acessível e mais condizente com o produto. Como a Bros 150 cc recebeu um face-lift, a 125cc herdou o design do modelo 150 cc anterior.

Yamaha XTZ 125
Motor e câmbio
Simplesmente excelente. O mesmo que equipa a Factor, tem uma vida útil bastante longa se for bem cuidado. Baixíssimo nível de vibrações, consumo acima dos 35 Km/L, manutenção barata, enfim, excelente, faltou apenas a injeção eletrônica encontrada na Fazer 150. O câmbio é um pouco duro, como em quase toda Yamaha.
Conforto
O banco é bastante estreito ,ou seja, conforto não é o ponto forte desta moto, principalmente após mais de 45 minutos pilotando, mas acostuma-se com o tempo.
Acabamento
Razoável , porém superior a concorrente.  O painel é extremamente simples, contando apenas com velocímetro, odômetro e luzes de advertência. Os comandos são os mesmos na linha 125 cc e 250cc da yamaha, são bons. Ao contrário da concorrente, não vem com bagageiro de fábrica.
Peças e serviços
Manutenção com preço fixo, preços honestos, uma boa rede de concessionárias (segunda maior no país).




Honda Bros 125



Motor e câmbio
O mesmo que equipa a Fan 125 cc é conhecidíssimo pelos brasileiros por sua durabilidade, economia e facilidade de manutenção. O câmbio é excelente, característica das motos da Honda. O consumo fica prejudicado pela ausência da injeção, mas não deixa de ser muito bom.
Conforto
Melhor que a concorrente, seu banco é mais largo e mais macio, além de ser mais baixo o que ajuda as pessoas de estatura mais baixa.
Acabamento
O que há de mais simples. Os comandos são pobres, partida elétrica como opcional e freio a disco sequer como opção. O bagageiro merece elogios.
Peças e serviços
A maior rede de autorizadas do país, líder em quase todos os segmentos, inclusive na procura pelos "amigos do alheio", por isso faça o seguro e nunca compre peças sem procedência.

sábado, 1 de novembro de 2014

Opinião do proprietário: dois anos e vinte e três mil quilômetros com a Dafra Apache 150 (teste/avaliação).

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Nesses quase dois anos com a TVS Apache 150cc posso dizer que estou bastante satisfeito.
Vinte e dois mil quilômetros e a moto está muito conservada, sendo que a uso no dia-a-dia.
Antes mesmo de comprar a moto já notava alguns proprietários (ou não) reclamando da moto, falando mal e colocando defeitos. Na minha modesta (ou não) opinião a moto dura de acordo com seu dono. Muitas pessoas são totalmente desleixadas com seus veículos, e quando acontece algum problema: "a moto não presta!", "moto é Honda". Generalizando, infelizmente o brasileiro tem a mente fechada, muitas pessoas que nem sequer montaram na moto e falam mal, "um primo de um colega disse que a moto não presta", "venda essa moto e compre uma Honda/Yamaha", cansei de ouvir isso. Não procuro status, procuro satisfação. É claro que existem casos onde as motos realmente tem falhas na montagem ou algum defeito crônico.
Vale ressaltar que a Apache é uma moto totalmente importada, a Dafra apenas monta ela e realiza algumas adaptações para nossas "maravilhosas" ruas, não tendo sequer um adesivo da Dafra. Esta marca já está consolidada no mercado, seus produtos hoje são sinônimos de qualidade. Voltando para a Apache, a moto nunca me deixou na mão, nunca quebrou. Além das peças de desgaste natural, precisei trocar um sensor de velocidade (trocado na garantia) e o escapamento, onde um componente interno quebrou. Troquei sim outras peças, mas devido a um ou dois tombos que tomei. Não achei os preços salgados, porém são mais caros que uma Fan/Factor que são motos muito mais simples.
Sobre as características da moto, ela é bastante confortável dentro de suas especificações. O semi-guidão cansa após um certo tempo, o que é normal. E sua velocidade final fica dentro do normal para uma 150 cc.
Quando comparo a Apache com outras motos da categoria me impressiono com seu requinte: painel digital, suspensão a gás, spoiler sob o motor, semi-guidão, farol em led´s. Fiz todas as revisões na autorizada, acho os serviços caros para uma 150 cc, mas as peças que precisei sempre estavam disponíveis.
Os mecânicos também são bons, mas o atendimento poderia ser melhor. Quando penso em passar para outro nível de cilindrada, desisto. Não pretendo pagar o dobro numa moto 250 cc e por enquanto a Apache atende todas as minhas necessidades. Viajar se torna complicado devido à sua velocidade de cruzeiro baixa (75-80 Km/h a 6-7.000 rpm).
É claro que a moto anda mais, sua velocidade máxima fica em torno de 110 Km/h, mas eu não gosto de esgoelar a moto. Tenho consciência de que ela não foi feita para isso.
Outra característica legal dela é seu torque máximo logo aos 5.000 rpm, mas que em contrapartida prejudica a quinta marcha, que fica com pouca potência. Nos primeiros 3 mil quilômetros a moto apresentou um pequeno vazamento de óleo sob o motor, que sumiu quando parei de deixar a moto no descanso de um dia para o outro, mas deixa-la no cavalete central.
O câmbio é um pouco duro, principalmente quando estamos no trânsito pesado, mas melhora com o tempo ou com o uso de óleo de qualidade superior.
Já existe uma quantidade significativa de peças "paralelas". Entre aspas porque a marca é a mesma. Filtro de óleo e lona do freio, por exemplo, são os mesmos da Yes 125cc.
Sobre o comportamento da moto na chuva, já peguei verdadeiros temporais com ela e não parei, a moto simplesmente nunca engasga, não deixa na mão.
Recomendo a moto para todos que querem um veículo por um preço justo e um pouco de exclusividade, e claro, qualidade e durabilidade. Uma das poucas motos que, na minha opinião, custa o que vale.

Para quem acha que moto é apenas Honda e Yamaha...

sábado, 13 de setembro de 2014

Comparativo/teste: Yamaha Ténéré 250 x Honda XRE 300

Embora exista uma diferença de cilindrada entre estas motos, elas estão inseridas na mesma categoria. A diferença de preço, esta sim é considerável e pode chegar a mais de 1,5 mil reais. A Yamaha lançou há alguns anos uma nova moto da família ténéré com o mesmo motor da XTZ Lander, mas com uma proposta mais urbana e melhorias em alguns componentes. A XRE 300 foi lançada pela Honda no final de 2009, juntamente com a CB 300, substituindo a Tornado, também com uma proposta mais urbana, porém sem a versatilidade de suas predecessoras. Este comparativo traz duas motos com proposta e desempenho parecidos, mas as semelhanças param aí. Não visamos colocar uma delas como melhor, mas chegar a um consenso sobre as características em que cada moto se sobressai sobre sua concorrente.

Yamaha Ténéré 250
A Yamaha diz se tratar de uma moto totalmente nova, mas no coração desta moto está o monocilíndrico arrefecido a ar com 21 cavalos que também equipa a Fazer e a Lander, além do mesmo chassi desta última. As mudanças foram muito mais estéticas. A moto parece maior do realmente é, porém a traseira destoa do conjunto.
Motor e câmbio
O 250 cc da yamaha é muito conhecido, simples e confiável, é claro que pra uma moto do tamanho da ténéré um pouco mais de desempenho ou uma sexta marcha seria uma boa já que a velocidade de cruzeiro não é nada empolgante. São 21 cavalos e 2,1 de torque contra 2,8 da XRE. Essa diferença se deve ás duas válvulas a mais na Honda, não só suas 41 cc a mais. A Yamaha conta com pistão forjado, o que permite maior resistência dos componentes e maiores rpm. O câmbio é um pouco duro, característica da yamaha e que melhora com o tempo e amaciamento correto.
Acabamento e design
O acabamento é perfeito. Comandos excelentes, painel completo, mas as rodas poderiam ser de alumínio como na XRE, assim como a balança. Seu design gera discussões, mas é inegável que os faróis duplos dianteiros e o pequeno para-brisa dão um toque especial e chamam a atenção. A traseira destoa do conjunto, parece ser a mesma da Lander e não tem o mesmo padrão fino do resto da moto.
Conforto
O banco é mais largo que o da Lander, porém é mais duro. Ainda assim proporciona a possibilidade de realizar pequenas e médias viagens, além de encarar trilhas leves. O guidão é largo e o para-brisa ajuda nas viagens, assim como o tanque maior que o da Lander. Podemos dizer que a ténéré 250 é uma Lander melhorada. Apesar de ser menos confortável que a XRE, a ténéré proporciona uma pilotagem mais prazerosa.
Segurança e equipamentos
Os freios a disco são ligeiramente melhores que a Lander, mas inferiores aos da XRE, que com ABS então ganha de lavada. Com relação aos equipamentos a Ténéré poderia vir com bagageiro de série assim como a XRE.
Na cidade e na estrada
O bom torque proporciona boas retomadas na cidade e para a estrada sua velocidade cruzeiro é compatível com a proposta. O guidão alto fica acima da maioria dos retrovisores nos corredores. O banco duro pode incomodar, mas logo acostuma-se.
Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país com serviços à altura e revisões com preço fixo.


Honda XRE 300
Trata-se da moto mais vendida da categoria, mas será que ela é a melhor? Isso somente você pode dizer. Digo que essa Honda possui uma qualidade acima da média, pouquíssimos componentes merecem ressalvas, assim como a Ténéré. Apenas acho que o motor utilizado pela Honda merece uma reformulação, sem dúvida a marca já poderia ter feito melhorias para solucionar queixas que aparecem normalmente em fóruns na internet com relação ao cabeçote.
Motor e câmbio
Sobre o motor, percebe-se que o grande diferencial da Honda não está presente na XRE. Potência e torque ela tem de sobra, porém o velho defeito persiste: a moto apaga sozinha do nada. Os 26 cavalos dão conta do recado, mas fazem a diferença apenas na arrancada, ambas as motos tem velocidade final muito parecida, mas o consumo de combustível na XRE é maior.
Acabamento e design
A beleza é fator determinante, claro. A XRE é aquela moto do tipo ame ou odeie, a dianteira com seu estilo "bico de pato" gera controvérsias, no mais a moto é bastante harmoniosa esteticamente e com porte maior. O estranho é que a moto atira lama sobre o piloto e carenagens, faltou cuidado da marca em procurar proteger o piloto. Em relação ao acabamento vale destacar o bagageiro e aros em alumínio, assim como a balança, em contrapartida os comandos dos punhos são duros e muito simples. Os punhos machucam.
Conforto
Vou direto ao ponto, a XRE é mais confortável que a Ténéré. Seu banco é mais macio, mas para se decidir mesmo qual moto veste melhor o futuro piloto, melhor fazer um test-drive ou pelo menos montar nas máquinas.
Segurança e equipamentos
Os freios ABS (opcionais) são o anjo da guarda do motociclista, vale a pena pagar a mais por este item.
Na cidade e na estrada
O bom torque faz a diferença na cidade, garantido retomadas rápidas. Na estrada ela vibra menos que a Ténéré, uma pena que não possua sexta marcha como sua predecessora, a Tornado, o que garantiria maior velocidade de cruzeiro.
Peças e serviços
A maior rede de concessionárias do país. As peças são mais fáceis de encontrar e em qualquer lugar, por isso exija procedência, exija nota fiscal. Esta moto é bastante visada pelos "amigos do alheio", faça o seguro.

sábado, 5 de abril de 2014

Comparativo/teste: Yamaha Fazer 250 x Dafra Next 250 x Kasinski Comet GT 250 x Honda CB 300

Quem tem uma moto de baixa cilindrada (50-150) sempre sonha em realizar um upgrade, mas qual moto escolher? Qual a melhor? Muitos optam pela confiabilidade e status da Honda. Outros optam pela inquestionável qualidade e durabilidade da Yamaha. Também é inquestionável que a Dafra está crescendo, juntamente com a qualidade dos seus produtos, que estão sendo desenvolvidos em parceria com empresas estrangeiras. A Kasinski está passando por um período de instabilidade, mas a Comet é de longe um dos seus melhores produtos. Aqui colocarei os principais pontos positivos e negativos de cada moto e, é claro, cabe ao leitor decidir.

Yamaha Fazer 250
No mercado já há alguns anos foi a primeira da categoria a apresentar injeção eletrônica de combustível. As últimas atualizações foram apenas estéticas. Hoje é uma das melhores opções, com excelente custo benefício e grande credibilidade.
Motor e câmbio
Possui um cuidado a mais como o pistão forjado. Apesar de ter apenas duas válvulas e 21 cavalos, essa diferença não se torna fator determinante de escolha. É, junto com a Next, a mais econômica com consumo na casa dos 28-30 Km/l dependendo da tocada. Tem um funcionamento extremamente linear, ou seja, tem uma entrega de potência e torque gradual. Aquele conhecido barulhinho do motor característico da Yamaha está lá, mas não incomoda. O câmbio é um pouco duro, o que também é característica da Yamaha, porém é bastante preciso e ajustado. Tem refrigeração a ar e mecânica extremamente simples.
Acabamento e design
Exemplar. Os comandos dos punhos são os melhores e o painel é completo e de leitura fácil. Vale ressaltar o farol traseiro em led´s  e o é dianteiro de desenho bonito e atual. O porém fica por conta do escapamento, poderia ser mais bonito. Tem porte de moto menor, ou seja, é a menos encorpada. O farol assim como o painel lembra o da irmã maior, a XJ6.
Conforto
A mais confortável, isto graças a posição de pilotagem bem relaxada e guidão na altura certa aliados ao banco macio e firme. As pedaleiras por sua vez ficam na medida certa. Seu tamanho favorece a pilotagem na cidade e nos corredores.
Segurança e equipamentos
Possui freio a disco simples nas duas rodas de bom funcionamento. Não conta com ABS como opcional. Conta com versão bicombustível (Blueflex), que é um pouquinho mais cara, mas é  mais bonita.
Na estrada e na cidade
Divertida e esperta em ambas situações. Na cidade é a melhor por ser mais leve e também graças ao motor de duas válvulas que privilegia rotações mais baixas. Na estrada tem velocidade de cruzeiro um pouco inferior as rivais. Muitos comparam-na com a CB 300, esta com duas válvulas que fazem diferença apenas na "saída".
Peças e serviços
Um dos melhores pós-venda. Preço tabelado e peças acessíveis e uma grande rede de concessionárias.


Comet GT 250
Montada pela Kasinski e fabricada pela coreana Hyosung passou por mudanças estéticas nos últimos anos e recebeu melhorias no módulo de injeção eletrônica que apresentou problemas no modelo de 2011. É a mais bonita e encorpada, mas sofre com o preconceito de alguns motociclistas e com um pós-venda que varia muito de local para local.
Motor e câmbio
Trata-se de um bicilíndrico em "V" este motor 250 cc com 8 válvulas e 26 cavalos, herdado da irmã carenada (Comet GTR), é fraco em baixas rotações, mas conforme sobe de giro se torna vigoroso e bastante elástico. Assim a faixa de rpm útil e a velocidade de cruzeiro fica acima das concorrentes. O câmbio é apenas razoável, melhora com o tempo depois de amaciada.
Acabamento e design
Alguns itens deixam a desejar como o material do banco, no mais é bom. Painel completo, farol em escudo, rodas exuberantes, rabeta e piscas estilosos, traseira com led´s e comandos simples. É a mais bonita e  parece maior do que realmente é sendo facilmente confundida com motos de cilindradas superiores.
Conforto
Comparada ás concorrentes é a menos confortável devido ao banco e a posição de pilotagem com as pernas recuadas e guidão largo. O garupa sofre nessa moto já que o banco é estreito e as alças machucam. A suspensão é dura e merece melhor ajuste, mas a traseira pode ser ajustada facilmente e a dianteira necessita de óleo de qualidade superior. Pode muito bem ser usada no dia-a-dia mas, se você anda sempre com garupa, descarte a Comet.
Segurança e equipamentos
Tem os freios mais potentes e pisca alerta, mas também não tem ABS como opcional. O protetor de tanque poderia vir de série, já o escapamento não possui nenhuma proteção.
Na cidade e na estrada
A melhor na estrada e a pior na cidade. Não chega a ser cansativa no perímetro urbano, mas as concorrentes dão um show neste quesito. Nas rodovias tem fôlego de sobra para uma 250 cc.
Peças e serviços
O calcanhar de Aquiles da Kasinski. Tem lojas com serviços excelentes e outras bem descuidadas.


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Dafra Next 250
Desenvolvida pela Dafra em parceria com a Sym foi uma grata surpresa que hoje se tornou uma realidade, tem preço competitivo e qualidades exclusivas. Aos poucos construiu uma ótima reputação e vem conquistando muitos fãs. É claro que nenhuma moto é perfeita, a Next poderia ser melhor em alguns aspectos, mas não deixa de ser hoje uma excelente opção no mercado, talvez a melhor.
Motor e câmbio
O melhor motor: 250 cilindradas, 25 cavalos, 4 válvulas, injeção eletrônica, refrigeração líquida, além de ser a única a contar com câmbio de seis marchas. Isto proporciona um menor consumo de combustível, boa velocidade de cruzeiro e velocidade final. O câmbio, neste comparativo, fica atrás da Honda e Yamaha.
Acabamento e design
Espetaculares. A Next lembra motos maiores como a CB 1000. Um primor em cada detalhe. As carenagens laterais conferem um toque de esportividade. O banco é bipartido, o farol traseiro possui led´s e as rodas são lindas de viver, sem contar o spoiler sob o motor. O único detalhe que destoa do conjunto é o escapamento, muito grande e que mancha facilmente revelando aquecimento precoce. O painel é o mais completo e o único a contar com indicador de marchas.
Conforto
Tem uma posição de pilotagem diferente com um guidão alto e pedaleiras recuadas. Poderia ser revisto o ângulo de esterço que atrapalha um pouco no trânsito pesado. A sexta marcha permite boas esticadas, já o garupa vai muito bem acomodado.
Segurança e equipamentos
Apesar de não oferecer ABS vem com aeroquip, assim os freios a disco cumprem bem  seu papel. O farol ilumina muito bem e  a moto possui muitos acessórios esportivos.
Na cidade e na estrada 
A sexta marcha favorece o uso rodoviário. O que prejudica um pouco o uso urbano é, como já foi dito, o pouco esterço do guidão.
Peças e serviços
O serviço da Dafra melhorou muito. Não fica devendo em nada, exceto nos preços das revisões de simples troca de óleo e filtro.


Honda CB 300
Apesar de ser a mais vendida disparadamente precisa se renovar. A CB é uma moto confortável, potente, e confiável, mas a Honda já possui, obviamente, novas tecnologias que poderia empregar no seus modelos de menor cc aqui no Brasil. Colocando no papel tudo que ela é e tudo que poderia ser, a CB está acima do preço já que o valor sugerido é muito diferente do que é praticado. Um fator que assusta quem pesquisa sobre a CB 300 é o seu elevadíssimo índice de roubos e, consequentemente, alto preço do seguro. Deixando de lado estes detalhes a CB é uma moto que entrega o que promete e muitos ainda compram pela confiabilidade.
Motor e câmbio
Derivado da finada Twister, com algumas cilindradas a mais e a adição da injeção eletrônica. Perdeu a sexta marcha privilegiando ainda mais o torque em baixas rotações. Os antigos problemas de vazamento do cabeçote foram corrigidos. É realmente um motor extremamente resistente e durável quando bem cuidado. O câmbio é excelente como em toda Honda.
Acabamento e design
A moto possui alguns pontos a serem revistos. Os comandos são os mesmos de muitas motos antigas e atuais de baixa cilindrada da Honda, são ultrapassados e duros. Falta também o relampejador de farol. Em comparação com a Twister faltou a balança de alumínio. As rodas são bem simples, parecidas com as da Fazer. O design remete as motos maiores da Honda.
Conforto
Só não é mais confortável que a Fazer, por ter uma posição um pouco mais esportiva. O garupa também fica muito bem posicionado.
Segurança e equipamentos
De parabéns por oferecer o ABS como opcional, mas a moto fica com um preço exorbitante (entre 15 e 16 mil) com o equipamento. Os pneus mais largos (140) oferecem mais estabilidade e firmeza, além de passar mais esportividade.
Na cidade e na estrada
Excelente comportamento em ambos. Na cidade oferece as melhore retomadas entre as motos do comparativo, mas tem uma velocidade de cruzeiro e velocidade final abaixo do esperado para uma 300 cc. No corredor parece uma moto menor.
Peças e serviços
A maior rede de concessionárias do Brasil. Importante avisar que a Cb 300 é uma das motos mais roubadas do país, ou seja, se for comprar uma faça o seguro.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Comparativo/teste: Honda NX Falcon 400i x Traxx Dunna 600

Sempre desejamos subir de cilindrada. É incrível como sempre queremos um pouquinho mais quando se trata do mundo das duas rodas. Existem duas opções na categoria trail que são muito interessantes e numa faixa de preço menor que as seiscentas. Embora a Dunna seja uma seiscentas, tem preço e potência de moto de porte menor. A Falcon por sua vez tem o preço bastante próximo á sua concorrente, mas deixa a desejar em desempenho. Trago aqui duas motos bastante questionadas e até um pouco esquecidas. Cabe ao consumidor decidir. Vamos ao que interessa.

Honda NX Falcon 400i
A Honda ressuscitou recentemente um grande sucesso, a Falcon. Mas a simples adesão de injeção eletrônica agregou redução de potência, o preço salgado por sua vez também prejudica as vendas. Falta carinho da Honda com o consumidor e com suas motos. A Falcon poderia, por exemplo, ter um painel melhor e não o mesmo XRE, poderia ter comandos dos punhos mais bem acabados, balança em alumínio, freios ABS opcionais, um motor bicilíndrico e assim por diante. Talvez aí sim valesse cada centavo. Não deixa de ser uma boa moto, com reputação excelente, resistente e polivalente. Mas os contras pesam mais. Outro detalhe, é uma moto super visada pelos “amigos do alheio”.
Motor
Tecnologia atrasada, exceto pela injeção eletrônica. Apesar disso tem uma durabilidade enorme quando bem cuidado. Tem apenas 28 cavalos, somente 2 a mais do que a XRE e 7 a menos do que a Dunna. Na prática não há tanta diferença já que a Falcon possui um excelente torque e peso menor que a concorrente, além de ser bastante divertida de pilotar, ter maior aptidão a um leve off-road e excelente conforto. É refrigerado a ar, tem 4 válvulas e mecânica conhecida e simples.
Acabamento e design
Outro ponto a ser revisto. Punhos, comandos e painel foram herdados da XRE. Os faróis não mudaram muito em relação á versão carburada. Em contrapartida possui bagageiro. As carenagens ficaram um pouco maiores e mais afiadas, só. Tem cara de moto remanescente da década passada. O banco proporciona bastante conforto.As rodas, assim como a balança não são de alumínio. Poderia ser melhor.
Na cidade e na estrada
Vai bem na cidade e melhor ainda na estrada. Tem fôlego na medida para ultrapassagens rápidas, apesar da velocidade final relativamente baixa. Passa bem pelos corredores urbanos e oferece muita agilidade. É uma moto excelente para usar no dia-a-dia e fazer viagens de média distância nos finais de semana. O consumo não melhorou muito com a adesão da injeção (18-22 Km/L).
Segurança e equipamentos
Tem freio a disco nas duas rodas, mas o ABS não é oferecido nem como opcional. Os bons pneus dão conta do recado e o faróis iluminam bem. Faltam equipamentos, tanto opcionais como de série.
Peças e serviços
Apesar de ser Honda não é assim tão fácil de encontrar peças da Falcon. Nas autorizadas algumas peças básicas, como o filtro de ar, tem preços absurdos.


Traxx Dunna 600
A Traxx sofre com o preconceito. Merece um voto de confiança, tem uma boa moto e com preço justo, ao contrário da Honda que pede o mesmo (19-20 mil reais é o preço praticado) numa moto com design, desempenho e motor inferiores. A dificuldade é revender a moto, devido ao mesmo preconceito. A Jialing (Traxx) tem grande tradição na china e a Dunna é utilizada pelo exército.
Motor
É um monocilíndrico com 35 cavalos refrigerado a água. Tem bom torque e boas retomadas, mas não chega a ser grande a diferença para a Falcon devido ao seu peso (210 Kg á seco). Permite viagens de média e longa distância devido ao tanque de 19 litros. Pena não ter uma sexta marcha.
Acabamento e design
Acabamento acima da média. Painel completo, bagageiro, comandos bem feitos, lanterna traseira em led´s, farol duplo e 3 bauletos (2 laterais) de série. Os grafismos da carenagem poderiam ser mais bonitos.
Na cidade e na estrada
Vai melhor na estrada. A Dunna é uma trail de verdade e tem grande porte. Tem desempenho bom na cidade, mas em situações de trânsito pesado que estamos acostumados ela dá trabalho. O consumo varia e acordo com a pegada do piloto e pode chegar aos 20 Km/L, poderia ser melhor, mas a relação peso/potência prejudica.
Equipamentos e segurança
Freios a disco, bom farol, baus de série, um pequeno para-brisa, protetor de motor de aço e para-lama traseiro auxiliar. Esta moto tem atributos para vender mais.
Peças e serviços
A Traxx tem poucas lojas em comparação com líderes. Dada a qualidade da Dunna acho difícil que sejam necessárias visitas além das revisões. Mas a durabilidade de cada moto depende do seu dono.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Comparativo/teste: Suzuki Intruder 125 X Dafra Kansas 150 X Kasinski Mirage 150

Hoje vou falar um pouco sobre estas três motos de baixa cilindrada do seguimento custom. Para quem está pensando em comprar uma moto com esse estilo pode ficar confuso e se influenciar pelo peso da marca, no caso a Suzuki, porém o fato é que a Intruder parou no tempo. Dafra e Kasinski estão construindo uma boa reputação e se consolidando no mercado. Kansas e Mirage oferecem mais motor e até sissy bar de fábrica (Mirage). Nada contra a Intruder que sem dúvida é mais suave e confiável, têm o melhor câmbio e melhor valor de revenda. Vamos ao que interessa e mostrar os aspectos positivos e negativos delas.


Suzuki Intruder 125
Moto de respeito, uma pequena valente. Ainda é bonitinha, porém não oferece mais do que a Mirage, por exemplo. Contudo é mais barata. Parece sentir o peso da idade, seria legal uma reestilização de impacto, todavia poderia ficar muito parecida com as concorrentes que , segundo alguns é a mesma moto, o que não é verdade.

Motor
Pode ser um pouco menor, mas é o melhor. Ainda usa carburador assim como Kansas e Mirage. É mais econômico, silencioso e linear.
Câmbio
Melhor câmbio, bem preciso. Tem escalonamento bastante fácil.
Acabamento
Impecável, cromados na medida certa e painel completo. Pena que o farol seja fraco (muitos trocam). Alguns detalhes que fazem os intrudeiros gastarem um pouquinho para equipa-la são a ausência do sissy-bar e proteções (mata-cachorro e para-brisa).  A moto ainda vibra um pouquinho devido à sua cilindrada.
No trânsito
Tem os melhores freios e suspensão, muito confortável. Moto divertida e convidativa para passeios (de curta distância).
Peças e serviços
Por ter um bom tempo de mercado, as peças são fáceis de encontrar, peças estas que são caras nas autorizadas. Ultimamente vem ganhando atenção dos gatunos.
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Dafra Kansas
Lançada em 2008, faz sucesso nas ruas, principalmente pela ousadia na cor laranja. Criou-se uma mística do quadro frágil. Ótima opção para quem quer sair da mesmice.
Motor
Ainda usa carburador, mas não deixa a desejar em potência e nas retomadas. Consumo dentro dos padrões (30-32 KM/L).
Câmbio
 Acredito que melhore depois de amaciada e feita as devidas trocas de óleo.
Acabamento
Poderia ser melhor, pois o indicador de marchas no tanque embaça fácil quando molhado muito devido à chuva. Faltou o marcador de combustível presente nas rivais. O velocímetro sobre a mesa ,assim como na Mirage, é um charme. Há casos de chassi partido (conheci pessoalmente um proprietário que teve esta "sorte" , o quadro da moto foi prontamente trocado na garantia).
No trânsito
Feita para rodar na cidade e passear nos fins de semana. O guidão largo ajuda a contornar os outros veículos. Não recomendável usa-la demais na chuva devido ao acabamento dos parafusos que enferrujam com o tempo.
Peças e serviços
Melhorou com os anos. Bons preços na manutenção.

Kasinski Mirage 150
Lançada há pouco tempo, esperava-se a mesma qualidade da irmã maior, entretanto ocorreram alguns probleminhas de vazamento de óleo, descasque da pintura e ferrugem de parafusos nos modelos novos, o que pode ser resolvido facilmente. Única com sissy-bar. Ganhou o prêmio de moto do ano na categoria duas vezes, não pode ter sido á toa.
Motor
O que mais vibra. Consumo e desempenho parecido com a Dafra.
Câmbio
Impreciso. Melhora após o amaciamento.
Acabamento
Alguns componentes merecem um cuidado especial do dono, como pintura e farol que pode embaçar quando molhado. Marcador de combustível sobre o tanque muito útil.
No trânsito
O banco é duro em comparação com as concorrentes. Chama a atenção pelos cromados estilo retrô. É linda.A suspensão é tão boa quanto a Intruder.
Peças e serviços
Motivo de muitas queixas vem melhorando.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Comparativo/teste: Dafra Apache X Suzuki Yes X Honda fan 125 x Yamaha Factor 2014

Com um trânsito tão caótico e os ônibus lotados, a melhor opção é adquirir uma motinha pra ir e vir sem problemas, porém são diversas as opções de marcas e modelos. Temos em evidência a novata Dafra, que melhorou bastante seus produtos, e temos as consagradas Honda e Yamaha, a Suzuki vem perdendo espaço pela demora na renovação da sua linha. O fato é que Honda e Yamaha são relativamente caras e seus produtos de 125 cc estão um pouco ultrapassados. A querida yes não sofreu grandes mudanças desde seu lançamento em 2005. Chance para as outras marcas ganharem seu espaço. Dafra, Kasinski, Marva merecem um voto de confiança.
Não escrevo aqui para criticar, além do mais cada um tem seus gostos. Apenas quero ajudar quem esta com dúvidas colocando minhas experiências em cima dessas streets.
Neste primeiro comparativo vou citar os pontos mais importantes das motos.

Dafra Apache 150
Uma 150 cc que se destaca entre as outras, tem porte de moto maior, além do preço atraente: R$6.490,00. Com a chegada da Riva (R$5.490,00) acirra ainda mais a concorrência.
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Motor
É a que mais vibra das quatro, enche rápido. Isso se deve ao seu apelo esportivo e seu peso. Ainda usa carburador, o que não interfere no seu bom consumo (*em torno de 35 km/l).
*Depois de amaciada.
Câmbio
É preciso. Mas é quase impossível engatar o neutro quando o motor está quente.
Acabamento
Impecável. Nem se vê o logotipo da Dafra na moto (que è feita pela TVS-indiana). Os encaixes são perfeitos e possui um painel que tornam fan e factor sem graça. O design não é unanimidade, mas vale a pena ter uma moto diferente das outras. Vem completa de fábrica. A tampa do tanque de combustível não é confiável.
No trânsito
A posição esportiva cansa um pouco. Contorna bem os outros veículos. Suspensão a gás no nível das concorrentes. É confortável, mas é um pouco pesada.
Peças e serviços
O atendimento está ficando bom. Pode melhorar. Os preços são razoáveis, mas os serviços de revisão demoram um pouquinho.


Suzuki Yes 125
Perdeu fôlego. Sete anos de mercado sem grandes mudanças fizeram essa bela moto “cair pelas tabelas”. Merece melhorias, falta carinho da Suzuki com a sua moto. As novas GSR 125 e GSR 125 S foram na minha opinião um “tiro no pé”. Não só pelo design um pouco ultrapassado, mas também pelo consumo alto. Ainda é uma opção a ser levada em consideração.


Motor
Bastante conhecido. Funcionamento linear. Consumo semelhante à Apache.
Injeção eletrônica e um pouquinho mais de cilindrada só na GSR150i que é bem mais cara.
Câmbio
Engates bastante precisos, talvez o melhor câmbio.
Acabamento
Painel completo, único que possui indicador de marchas entre as motos avaliadas. As rodas de liga são afiadas, é necessário cuidado na hora de lavar a moto. Quem é alto fica um pouco desconfortável. Farol traseiro divide opiniões.
No trânsito
Leve e extremamente fácil de conduzir. É gostoso pilota-la, apesar da suspensão traseira muito dura. O banco compensa.
Peças e serviços
Preços salgados nas autorizadas, nada que comprometa.


Honda Fan 125
Pau pra toda obra, é a moto mais vendida do Brasil junto com a 150. Faltam tanto opcionais como itens de série, pelo que oferece deveria ser mais barata e ainda assim é a moto mais vendida.

Motor
Sensacional. Nunca deixa na mão, como dizem “funciona até quebrada”. Consumo muito bom e mecânica simples, qualquer mecânico mexe. O porém fica por conta do carburador.

Câmbio
Excelente.
Acabamento
Painel sequer tem marcador de combustível. Farol fraco. Não possui descanso central. Pra resumir é básica demais.
No trânsito
Fica clara a proposta urbana, com banco e suspensão próprios para a buraqueira das cidades. Não deixa de ser uma moto confortável, mas nesse quesito perde para a Factor.
Peças e serviços
Encontramos peças em qualquer oficina. Os gatunos não perdoam, o índice de roubo dessa moto assusta, consequentemente o preço do seguro pode ser um empecilho.


Yamaha Factor 2014
É sem sombra de dúvidas a mais equilibrada. Além de ser bonita.


Motor
O mais econômico (37 a 42 KM/L). Ainda tem aquele velho barulhinho chato. Tão confiável quanto à fan e muito usada para trabalho.
Câmbio
Muito bom, porém um pouco duro como toda Yamaha.
Acabamento
Perfeito, exceto o painel retrô, é completo, mas totalmente analógico. O modelo 2014 vem com economia de peças, por exemplo, nos pedais do garupa que agora tem suporte bastante simples.
No trânsito
A mais confortável. Melhor suspensão, banco e freios. O trânsito pesado é seu habitat natural, tem boas retomadas e embora tenha só 10 cavalos seu peso baixo compensa.

Peças e serviços
 Assim como a fan tem excelente mercado de peças e gande procura pela bandidagem.



 
***Créditos já nas imagens.
Considerações finais:
O objetivo não é colocar uma moto como vencedora, mas explicitar os atributos de cada uma e ajudar na escolha de interessados.
 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Comparativo / teste Yamaha Fazer 250 X Honda CB Twister 250

Yamaha Fazer 250
No mercado há mais de 10 anos, testada e aprovada, foi a primeira da categoria a apresentar injeção eletrônica de combustível. As últimas atualizações foram apenas estéticas, além do motor flex. Hoje é uma das melhores opções, com excelente custo benefício e grande credibilidade.

Resultado de imagem

Motor e câmbio
São 259,45 cc, com 74 mm de diâmetro e 58 mm de curso. Na Fazer precisamos acelerar mais, pois as resposta são um pouco mais lentas. São 20,7 cavalos à 8.000 rpm com gasolina e 20,9 cavalos a 8.000 rpm com etanol. Ela desenvolve 2,09 kgf.m a 6.500 rmp com gasolina e 2,10 kgf.m a 6.500 rpm com etanol. Possui um cuidado a mais como o pistão forjado. 
Apesar de ter apenas duas válvulas e pouco menos de 21 cavalos, essa diferença não se torna fator determinante de escolha. É uma moto bastante econômica, com consumo acima dos 30 Km/l, dependendo da tocada. Tem um funcionamento extremamente linear, ou seja, tem uma entrega de potência e torque gradual e sem trancos, assim como a Cb Twister. Aquele conhecido barulhinho do motor característico da Yamaha está lá, mas não incomoda. O câmbio possui 5 velocidades e é um pouco duro nos primeiros quilômetros, o que também é característica da Yamaha, porém é bastante preciso e ajustado. Tem refrigeração a ar e radiador de óleo, e mecânica extremamente confiável e simples. O tanque comporta 18,5 litros, os modelos anteriores 19.

Acabamento e design
Exemplar, a Honda deveria se espelhar nela. O painel é completo (no modelo anterior era melhor) e de leitura fácil. Os comandos dos punhos e demais peças plásticas passam uma impressão muito boa. O farol traseiro é em led´s, assim como na CB Twister e o farol dianteiro tem desenho bonito e atual. O porém fica por conta do escapamento, poderia ser mais bonito, mas é muito melhor do que o da concorrente. O design evoluiu muito com o passar do tempo, lembrando um pouco a "irmã" maior XJ6.

Conforto e suspensão
É mais confortável. Apesar da posição de pilotagem ser mais encurvada, o banco e a suspensão são mais macios. As pedaleiras por sua vez ficam na medida certa. A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 120 mm de curso e a suspensão traseira possui link com 54 mm (120 mm de curso da roda). O garupa vai muito bem acomodado já que a parte traseira do banco é larga. A altura do assento é de 805 mm.

Segurança e equipamentos
Possui freio a disco simples nas duas rodas de bom funcionamento, mas o traseiro é um pouco borrachudo. São 182 mm de diâmetro no freio dianteiro e 200 mm de diâmetro no freio traseiro. Os pneus são Pirelli Sport Demon. Não conta com ABS nem como opcional.

Na cidade e na estrada
Divertida e esperta em ambas situações. Na cidade é fácil conduzir por ser leve e também graças ao motor de duas válvulas que privilegia rotações mais baixas, além de ser extremamente macia. Na estrada tem velocidade de cruzeiro um pouco inferior. As duas válvulas a mais da CB Twister fazem a diferença tanto na saída como nas retomadas, ou seja, a Cb Twister anda mais do que a Fazer.

Peças e serviços
Um dos melhores pós-venda. Preço tabelado e peças acessíveis e uma grande rede de concessionárias. Levando em consideração a CB Twister sem ABS, a Fazer é, pelo menos, R$ 800,00 mais barata.


Honda CB Twister
Depois de alguns anos de mercado a Honda decidiu tirar a CB 300r de linha (sem nunca admitir os problemas com o cabeçote). Para o seu lugar trouxe uma moto totalmente nova e, dessa vez, não reaproveitou o motor. Como a CB 300r não se adequava às eminentes regras de emissão a CB Twister foi lançada com o objetivo de superar tecnicamente a sua maior concorrente, a Fazer.

Resultado de imagem

Motor e câmbio
São 249,5 cc, com 71 mm de diâmetro e 63 mm de curso, ou seja, trata-se de um motor mais "quadrado", com boas respostas desde as rotações mais baixas. São 22,4 cavalos à 7.500 rpm com gasolina e 22,6 cavalos a 7.500 rpm com etanol. Ela possui 2,24 kgf.m a 6.000 rpm com gasolina e 2,28 kgf.m a 6.000 rpm com etanol. Também é uma moto bastante econômica, com médias acima dos 32 Km/l,dependendo do condutor. A Honda continua adotando 4 válvulas, mas agora com comando simples, que demanda menos manutenção. Tem funcionamento liso e com respostas mais rápidas. Trata-se de um motor com boas respostas, mas que "gira" menos que a Fazer, pois possui 6 marchas. Como a Fazer possui 5 marchas, a CB Twister possui uma velocidade de cruzeiro e velocidade máxima superiores à concorrente. A refrigeração é a ar e radiador de óleo, assim como na Yamaha.O câmbio, como já disse, possui 6 velocidades e é macio e fácil de engatar como em qualquer Honda. O tanque comporta 16,5 litros.

Acabamento e design
No acabamento a moto deixa um pouco a desejar. O escapamento por exemplo é mais feio (questão de gosto) e simples do que o da CG. A traseira possui led´s, assim como a Fazer. Já o farol dianteiro lembra muito a "irmã" menor de 160 cc. O Painel é estilo blackout digital e talvez seja o maior destaque da moto. O design por sua vez é mais agressivo do que o de sua antecessora, mas lembra muito a Titan.

Conforto e suspensão
A Cb Twister possui uma posição de pilotagem mais ereta do que a Fazer, em contrapartida o seu banco é mais estreito e com menos espuma. A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 130 mm de curso e a suspensão traseira é do tipo monoshock com 108 mm. Apesar da suspensão traseira possuir dupla mola (uma para buracos normais e outra para buracos em sequência), seu funcionamento é inferior á rival (com link), pois é mais rígida. A altura do assento é de 784 mm.

Segurança e equipamentos
Dá um banho na rival por oferecer ABS como opcional, pena não ser mais combinado, como era na CB 300r. São 276 mm de diâmetro no freio dianteiro e 220 mm de diâmetro no freio traseiro. Os pneus são radiais (Pirelli Diablo Rosso II). 

Na cidade e na estrada
Apesar do câmbio de 6 marchas, a CB Twister é melhor na cidade. Suas respostas mais rápidas, marchas curtas e uma terceira como coringa privilegiam o uso urbano. O porém fica por conta da suspensão traseira mais rígida, que também era característica da CB 300r. O banco, mais fino e com menos espuma, prejudica trajetos mais longos e complica a vida do garupa.

Peças e serviços
A Honda possui a maior rede de concessionárias do país, ponto a favor. O fato da CB Twister estar a pouco tempo no mercado prejudica o preço das peças de reposição. O preço praticado pelas concessionárias geralmente é muito superior ao preço sugerido.


Conclusão
Talvez a Honda finalmente tenha feito uma moto melhor do que a Fazer (nessa categoria), mas ainda precisa construir sua reputação.Pelo tempo que a Honda teve para fazer algo melhor do que a CB 300r, esperava-se muito mais. A Fazer é uma escolha puramente racional, pois já provou sua qualidade e durabilidade. A Honda pecou no acabamento da moto, já a Fazer, dentro da sua proposta,
não tem mais aonde evoluir ou melhorar.
Resumindo, a Honda oferece um projeto mais moderno, porém simples e a Fazer evoluiu a cada ano. Cabe ao consumidor colocar cada fator na balança e decidir.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comparativo / teste: Suzuki Boulevard M800 X Harley Davidson Iron 883 X Kawasaki Vulcan 900 Classic X Yamaha Midnight Star XVS 950A

As motos custom são o que há de mais clássico no universo das duas rodas. Motos para passear, viajar, mas principalmente desfilar. Numa custom você jamais passará despercebido, ainda mais se colocar um escapamento esportivo, o ronco de um bicilíndrico em “V” é inconfundível. Neste comparativo temos quatro motos que se encaixam nesta proposta, mas para gostos diferentes.


Suzuki Boulevard M800
Com preço sugerido de R$33.900,00, a Boulevard tem o menor preço neste comparativo e a menor cilindrada, mas isso não quer dizer muita coisa.  No mercado brasileiro desde 2006, recebeu uma atualização visual em 2012 que a deixou com cara de muscle bike. Um projeto que busca claramente se diferenciar dos demais e ter identidade própria, fugindo do senso comum.

Motor e Câmbio
Robustez é a palavra que melhor define o motor das quatro, mas esta Suzuki possui refrigeração líquida, assim como a Vulcan. Roda macio, mas com vigor. Possui 5 marchas, injeção eletrônica, 8 válvulas e 805 CC gerando 53 Hp a 6.000 rpm com 7,04 de torque máximo a 4.000 rpm. O som emitido pelo lindo escapamento duplo não é alto, mas é instigante e gostoso de ouvir.

Acabamento
Quase perfeito, não há economias exceto no freio traseiro à tambor, algo difícil de engolir numa moto que custa mais de R$30.000,00. No mais, é o que há de melhor. Suas rodas não são raiadas como nas clássicas (nenhuma das quatro possui esta característica) e seu farol não é circular, mas protegido por uma carenagem, o que diferencia a moto e lhe dá personalidade. Transmissão por eixo cardã é sinônimo de durabilidade e baixa manutenção. O painel, que fica junto ao farol, é composto por velocímetro analógico e um pequeno mostrador digital com o marcador de combustível e hodômetros.

Conforto
Suspensão dianteira invertida entrega mais esportividade e, juntamente com a suspensão traseira, com balança articulada tipo link de mono amortecimento hidráulico com ajuste na pré-carga da mola se mostram rígidas como em toda custom. O guidão avançado confere excelente ciclística, mas em longas viagens se torna cansativo. Seu banco possui espuma de boa densidade. São 269 Kg em ordem de marcha e tanque com 15,5 litros de capacidade.

Na cidade e na estrada
Melhor na estrada, em viagens de curta/média distância. No trânsito do dia a dia não passa em qualquer corredor (89 cm de largura), o que é normal, e em viagens mais longas o guidão muito avançado cobra seu preço. O consumo varia bastante, subindo consideravelmente na cidade. Na minha opinião nenhuma destas quatro motos foi feita pra ser utilizada no dia a dia.

Peças e serviços
Quantidade de concessionárias razoável pelo Brasil. Peças e serviços caros, o que é comum nesta categoria e faixa de preço. Revisões a cada 3 mil Km são um exagero da Suzuki.



Yamaha Midnight Star XVS950A
Seu valor subiu bastante com o passar dos anos, hoje seu preço sugerido é de R$ 37.500,00. A Yamaha a identifica como uma legítima custom. Diferente das demais possui escapamento com saída única.

Motor e Câmbio
Se aproxima muito da Harley. Sua vibração não passa despercebida. Possui refrigeração a ar, ou seja, é recomendado o uso com uma vestimenta apropriada, pois esquenta bastante, principalmente no trânsito parado das grandes cidades. O Cambio faz aquele barulho característico da marca de Milwaukee e  possui 5 velocidades. São 53,5 cavalos a 6.000 rpm e torque de 7,83 a 3.000 rpm.

Acabamento
Transmissão por correia dentada e freios a disco nas duas rodas, mas ABS nem como opcional. De longe me lembra um pouco a lendária Fat Boy, principalmente o farol e o protetor de bengalas. O acabamento também é perfeito, claro. O painel, sobre o tanque, possui apenas velocímetro analógico e hodômetro digital, parcial e total. Existem queixas relacionadas à durabilidade do kit de transmissão e o seu preço.

Conforto
A suspensão dianteira possui garfo telescópico de 13,5 mm e a traseira braço oscilante de 110 mm. As plataformas para os pés limitam bastante a diversão nas curvas, mas é claro que a proposta da moto não é essa. O banco é largo e macio. São 261 Kg em ordem de marcha e tanque com capacidade de 17 litros.

Na cidade e na estrada
Seu uso na cidade é praticamente inviável, principalmente devido à largura da moto (1.000 mm) e a temperatura do motor (refrigerado a ar). Foi feita para a estrada, aceitando numa boa longas distâncias.

Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país. O preço de algumas peças é assustador. Vale à pena dar uma conferida antes de fechar negócio.



Harley Davidson Iron 883
Foi durante muitos anos a moto de entrada da Harley Davidson no Brasil. Seu preço também subiu muito com o passar do tempo, hoje seu valor sugerido é de R$42.900,00. Estilo retrô inconfundível, uma moto que transmite presença e principalmente status ao seu proprietário, porém é a mais cara entre as quatro.

Motor e câmbio
Dizem que a mecânica da Harley é inquebrável. Este motor  é conhecidíssimo, com um torque muito bom e cinco velocidades. A Harley não divulga a potência de suas motos, apenas o torque, que é de 6,7 a 3.750 rpm na Iron. Analisando friamente os números percebemos que a Iron possui menos torque que suas concorrentes.

Acabamento
Perfeito, apesar de ser aparentemente simplório, cada detalhe busca a perfeição. ABS vem de série, assim como sistema de segurança. Sua durabilidade é incontestável, é uma moto para toda a vida. Seu painel possui velocímetro eletrônico com hodômetro total, relógio, hodômetro parcial duplo, luzes indicadoras de LED e indicador de marcha e rpm.

Conforto
O conforto fica em segundo plano, em primeiro lugar vem o estilo. Além de ter uma suspensão curta, possui banco para apenas um ocupante. No modelo 2016 sua suspensão traseira foi modificada, agora ela é ajustável. São 256 Kg em ordem de marcha.

Na cidade e na estrada
É possível utilizá-la no dia a dia (830 mm de largura) e a Harley faz questão de divulgar isso, mas eu tenho minhas dúvidas. Seu desempenho na estrada é satisfatório, porém não a vejo como uma moto para longas viagens, pois o seu tanque possui capacidade para apenas 12,5 litros (o menor neste comparativo), o que resulta numa autonomia baixa.

Peças e serviços
Ainda existem poucas concessionárias pelo Brasil. Os preços das manutenções e peças não são convidativos, a Harley ainda não é uma moto para qualquer um (aqui no Brasil).


Kawasaki Vulcan 900 Classic
A Vulcan está presente no Brasil no Brasil há muito tempo. Trata-se de uma legítima cruiser. A Kawasaki ainda possui outras variantes do modelo: custom e Classic LT (mais equipada). Vale ressaltar que neste ano foi lançada a Vulcan S 650, com um design mais jovial e o mesmo motor bicilíndrico presente na Versys, Er-6n e Ninja 650r, por um preço mais acessível que as demais.

Motor e câmbio
Suave e forte, com um bom torque e cinco velocidades. Refrigeração líquida, 50 cavalos a 5.700 rpm e torque de 8,0 Kgfm a 3.700 rpm. Câmbio semelhante às demais, com engates ruidosos, mas de escalonamento excelente.

Acabamento
Perfeito, assim com as outras presentes neste comparativo. Seu painel, sobre o tanque, possui velocímetro analógico, hodômetro total e parcial e marcador de combustível(!).

Conforto
Banco com espuma de boa densidade e guidão com 1005 mm de largura favorecem longos percursos. Sua suspensão dianteira possui garfo telescópico de 41 mm e a suspensão traseira é uni-trak com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis. São 282 Kg em ordem de marcha (a mais pesada neste comparativo) e tanque com capacidade de 20 litros (o maior neste comparativo).

Na cidade e na estrada
Seu conforto e amplas dimensões mostram sua proposta rodoviária. É uma moto feita para viajar, logo seu uso na cidade está condicionado ao trânsito.

Peças e serviços
A Kawasaki ainda possui um número limitado de concessionárias autorizadas. É melhor pesquisar a disponibilidade das peças de reposição antes de fechar negócio.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por onde anda a Suzuki Inazuma 250? Comparativo/teste.


No final do primeiro semestre do ano passado a Suzuki Inazuma foi lançada no Brasil sem nenhum alarde ou campanhas de marketing expressivas. A moto veio com status de novidade e com qualidades para entrar na briga entre as 250 cilindradas. Não foi o que aconteceu, pelo menos até agora. Até o momento são poucas vistas nas ruas. Quais são os fatores que justificam a sua pouca aceitação? É o que veremos.

Num mercado tão competitivo quais são atributos desta moto?
Ela tem painel completíssimo e muito bonito (tem até indicador de marcha), motor bicilíndrico em linha com refrigeração líquida, câmbio de 6 marchas, piscas integrados à carenagem do tanque (clara referência á B-king) e escapamento duplo, o que torna a moto bastante "encorpada" e contribui para o seu peso elevado..

Mas então porque a moto não se faz presente nas ruas?
Em primeiro lugar, o preço não é condizente com a categoria/proposta: moto de uso diário. O valor sugerido é de R$16.900. Com R$3.000 a menos podemos comprar uma Yamaha Fazer 250, que está no mercado há quase 10 anos e construiu uma reputação sólida, apesar de ser visada. Se pelo menos a Inazuma tivesse ABS de série, o preço ficaria razoável.

Em segundo lugar, temos a relação peso-potência. A Inazuma possui 182 kg em ordem de marcha e 24,5 hp. Não é preciso ser um especialista para questionar estes números. A Fazer apesar de ter 20,9 cavalos, possui apenas 153 Kg em ordem de marcha, são quase 30 quilos de diferença. O que quero dizer é que a Inazuma possui o peso de uma moto de 500 cc. A CB 500F, por exemplo, possui 190 Kg em ordem de marcha. Tendo um desempenho melhor, talvez a Inazuma fizesse mais sucesso.

Em terceiro lugar, seus atributos não são determinantes. A refrigeração líquida e o câmbio de 6 velocidades podemos encontrar na Dafra Next. A Comet 250 também é bicilíndrica (pena que a Kasinski faliu), sem falar na CB 300 que é a mais vendida há anos. Ou seja, as concorrentes da Inazuma estão consolidadas no mercado há alguns anos, com ou sem méritos, e aprovadas pelo consumidor (ou não), enquanto que a moto da Suzuki ainda precisa construir a sua reputação.

Outro ponto importante é o custo de manutenção da moto. Suas peças de reposição são absurdamente caras para uma 250 cc.

Há que ser dito que o acabamento da Inazuma é superior, a moto é a mais confortável da categoria e muito boa para viagens, mas só posso ter uma conclusão após esta breve análise: faltou a própria Suzuki acreditar mais no seu produto. Com um preço competitivo a moto poderia sim alcançar voos maiores, já que as duas motos mais vendidas na categoria estão no mercado há muito tempo sem grandes atualizações (exceto no preço!). A Fazer está no mercado desde 2006 e a CB 300 desde 2009. Com o lançamento, no Salão Duas Rodas deste ano, da CB Twister, além dos recentes lançamentos da Z 300 e da Duke 200 a briga tende a ser boa. É claro que são motos com propostas diferentes, mas que se aproximam no preço.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Comparativo/teste: Yamaha XTZ 125 X Honda Bros 125

Yamaha XTZ 125 X Honda Bros 125 

As nossas ruas e estradas definitivamente são de péssima qualidade. Algumas pessoas optam pelas motos on/off road justamente para encarar a buraqueira de nossos centros urbanos com um pouco mais de desenvoltura. A grande vantagem das motos on/off road está na possibilidade de realizar pequenas aventuras no fora de estrada. Nos últimos anos estas motos se tornaram muito mais on do que off, mas preservam algumas características interessantes, como as suspensões elevadas.
A XTZ 125 está no mercado a mais de uma década e pouco mudou, talvez por isso tenha perdido o posto de mais vendida para a Bros 150 e nunca mais se recuperou. Como a Bros 150 está numa faixa de preço bem acima da XTZ (contando o ágio das concessionárias) a Honda resolveu voltar no tempo. Lançou a Bros também com o motor 125 cc carburado da Fan, para competir diretamente com a XTZ e também com outras motos como a CRZ (Kasinski) e a Fly (Traxx). Para isso, além de abrir mão da injeção eletrônica, deixou de lado o freio a disco.
Perdendo tantas qualidade, será que vale o que custa? Na minha opinião tanto a Bros como a XTZ são motos extremamente simples e não são projetos novos, poderiam ser a porta de entrada para o universo das duas rodas, mas definitivamente poderiam ter um preço mais acessível e mais condizente com o produto. Como a Bros 150 cc recebeu um face-lift, a 125cc herdou o design do modelo 150 cc anterior.

Yamaha XTZ 125
Motor e câmbio
Simplesmente excelente. O mesmo que equipa a Factor, tem uma vida útil bastante longa se for bem cuidado. Baixíssimo nível de vibrações, consumo acima dos 35 Km/L, manutenção barata, enfim, excelente, faltou apenas a injeção eletrônica encontrada na Fazer 150. O câmbio é um pouco duro, como em quase toda Yamaha.
Conforto
O banco é bastante estreito ,ou seja, conforto não é o ponto forte desta moto, principalmente após mais de 45 minutos pilotando, mas acostuma-se com o tempo.
Acabamento
Razoável , porém superior a concorrente.  O painel é extremamente simples, contando apenas com velocímetro, odômetro e luzes de advertência. Os comandos são os mesmos na linha 125 cc e 250cc da yamaha, são bons. Ao contrário da concorrente, não vem com bagageiro de fábrica.
Peças e serviços
Manutenção com preço fixo, preços honestos, uma boa rede de concessionárias (segunda maior no país).




Honda Bros 125



Motor e câmbio
O mesmo que equipa a Fan 125 cc é conhecidíssimo pelos brasileiros por sua durabilidade, economia e facilidade de manutenção. O câmbio é excelente, característica das motos da Honda. O consumo fica prejudicado pela ausência da injeção, mas não deixa de ser muito bom.
Conforto
Melhor que a concorrente, seu banco é mais largo e mais macio, além de ser mais baixo o que ajuda as pessoas de estatura mais baixa.
Acabamento
O que há de mais simples. Os comandos são pobres, partida elétrica como opcional e freio a disco sequer como opção. O bagageiro merece elogios.
Peças e serviços
A maior rede de autorizadas do país, líder em quase todos os segmentos, inclusive na procura pelos "amigos do alheio", por isso faça o seguro e nunca compre peças sem procedência.

sábado, 1 de novembro de 2014

Opinião do proprietário: dois anos e vinte e três mil quilômetros com a Dafra Apache 150 (teste/avaliação).

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Nesses quase dois anos com a TVS Apache 150cc posso dizer que estou bastante satisfeito.
Vinte e dois mil quilômetros e a moto está muito conservada, sendo que a uso no dia-a-dia.
Antes mesmo de comprar a moto já notava alguns proprietários (ou não) reclamando da moto, falando mal e colocando defeitos. Na minha modesta (ou não) opinião a moto dura de acordo com seu dono. Muitas pessoas são totalmente desleixadas com seus veículos, e quando acontece algum problema: "a moto não presta!", "moto é Honda". Generalizando, infelizmente o brasileiro tem a mente fechada, muitas pessoas que nem sequer montaram na moto e falam mal, "um primo de um colega disse que a moto não presta", "venda essa moto e compre uma Honda/Yamaha", cansei de ouvir isso. Não procuro status, procuro satisfação. É claro que existem casos onde as motos realmente tem falhas na montagem ou algum defeito crônico.
Vale ressaltar que a Apache é uma moto totalmente importada, a Dafra apenas monta ela e realiza algumas adaptações para nossas "maravilhosas" ruas, não tendo sequer um adesivo da Dafra. Esta marca já está consolidada no mercado, seus produtos hoje são sinônimos de qualidade. Voltando para a Apache, a moto nunca me deixou na mão, nunca quebrou. Além das peças de desgaste natural, precisei trocar um sensor de velocidade (trocado na garantia) e o escapamento, onde um componente interno quebrou. Troquei sim outras peças, mas devido a um ou dois tombos que tomei. Não achei os preços salgados, porém são mais caros que uma Fan/Factor que são motos muito mais simples.
Sobre as características da moto, ela é bastante confortável dentro de suas especificações. O semi-guidão cansa após um certo tempo, o que é normal. E sua velocidade final fica dentro do normal para uma 150 cc.
Quando comparo a Apache com outras motos da categoria me impressiono com seu requinte: painel digital, suspensão a gás, spoiler sob o motor, semi-guidão, farol em led´s. Fiz todas as revisões na autorizada, acho os serviços caros para uma 150 cc, mas as peças que precisei sempre estavam disponíveis.
Os mecânicos também são bons, mas o atendimento poderia ser melhor. Quando penso em passar para outro nível de cilindrada, desisto. Não pretendo pagar o dobro numa moto 250 cc e por enquanto a Apache atende todas as minhas necessidades. Viajar se torna complicado devido à sua velocidade de cruzeiro baixa (75-80 Km/h a 6-7.000 rpm).
É claro que a moto anda mais, sua velocidade máxima fica em torno de 110 Km/h, mas eu não gosto de esgoelar a moto. Tenho consciência de que ela não foi feita para isso.
Outra característica legal dela é seu torque máximo logo aos 5.000 rpm, mas que em contrapartida prejudica a quinta marcha, que fica com pouca potência. Nos primeiros 3 mil quilômetros a moto apresentou um pequeno vazamento de óleo sob o motor, que sumiu quando parei de deixar a moto no descanso de um dia para o outro, mas deixa-la no cavalete central.
O câmbio é um pouco duro, principalmente quando estamos no trânsito pesado, mas melhora com o tempo ou com o uso de óleo de qualidade superior.
Já existe uma quantidade significativa de peças "paralelas". Entre aspas porque a marca é a mesma. Filtro de óleo e lona do freio, por exemplo, são os mesmos da Yes 125cc.
Sobre o comportamento da moto na chuva, já peguei verdadeiros temporais com ela e não parei, a moto simplesmente nunca engasga, não deixa na mão.
Recomendo a moto para todos que querem um veículo por um preço justo e um pouco de exclusividade, e claro, qualidade e durabilidade. Uma das poucas motos que, na minha opinião, custa o que vale.

Para quem acha que moto é apenas Honda e Yamaha...

sábado, 13 de setembro de 2014

Comparativo/teste: Yamaha Ténéré 250 x Honda XRE 300

Embora exista uma diferença de cilindrada entre estas motos, elas estão inseridas na mesma categoria. A diferença de preço, esta sim é considerável e pode chegar a mais de 1,5 mil reais. A Yamaha lançou há alguns anos uma nova moto da família ténéré com o mesmo motor da XTZ Lander, mas com uma proposta mais urbana e melhorias em alguns componentes. A XRE 300 foi lançada pela Honda no final de 2009, juntamente com a CB 300, substituindo a Tornado, também com uma proposta mais urbana, porém sem a versatilidade de suas predecessoras. Este comparativo traz duas motos com proposta e desempenho parecidos, mas as semelhanças param aí. Não visamos colocar uma delas como melhor, mas chegar a um consenso sobre as características em que cada moto se sobressai sobre sua concorrente.

Yamaha Ténéré 250
A Yamaha diz se tratar de uma moto totalmente nova, mas no coração desta moto está o monocilíndrico arrefecido a ar com 21 cavalos que também equipa a Fazer e a Lander, além do mesmo chassi desta última. As mudanças foram muito mais estéticas. A moto parece maior do realmente é, porém a traseira destoa do conjunto.
Motor e câmbio
O 250 cc da yamaha é muito conhecido, simples e confiável, é claro que pra uma moto do tamanho da ténéré um pouco mais de desempenho ou uma sexta marcha seria uma boa já que a velocidade de cruzeiro não é nada empolgante. São 21 cavalos e 2,1 de torque contra 2,8 da XRE. Essa diferença se deve ás duas válvulas a mais na Honda, não só suas 41 cc a mais. A Yamaha conta com pistão forjado, o que permite maior resistência dos componentes e maiores rpm. O câmbio é um pouco duro, característica da yamaha e que melhora com o tempo e amaciamento correto.
Acabamento e design
O acabamento é perfeito. Comandos excelentes, painel completo, mas as rodas poderiam ser de alumínio como na XRE, assim como a balança. Seu design gera discussões, mas é inegável que os faróis duplos dianteiros e o pequeno para-brisa dão um toque especial e chamam a atenção. A traseira destoa do conjunto, parece ser a mesma da Lander e não tem o mesmo padrão fino do resto da moto.
Conforto
O banco é mais largo que o da Lander, porém é mais duro. Ainda assim proporciona a possibilidade de realizar pequenas e médias viagens, além de encarar trilhas leves. O guidão é largo e o para-brisa ajuda nas viagens, assim como o tanque maior que o da Lander. Podemos dizer que a ténéré 250 é uma Lander melhorada. Apesar de ser menos confortável que a XRE, a ténéré proporciona uma pilotagem mais prazerosa.
Segurança e equipamentos
Os freios a disco são ligeiramente melhores que a Lander, mas inferiores aos da XRE, que com ABS então ganha de lavada. Com relação aos equipamentos a Ténéré poderia vir com bagageiro de série assim como a XRE.
Na cidade e na estrada
O bom torque proporciona boas retomadas na cidade e para a estrada sua velocidade cruzeiro é compatível com a proposta. O guidão alto fica acima da maioria dos retrovisores nos corredores. O banco duro pode incomodar, mas logo acostuma-se.
Peças e serviços
A Yamaha possui a segunda maior rede de concessionárias do país com serviços à altura e revisões com preço fixo.


Honda XRE 300
Trata-se da moto mais vendida da categoria, mas será que ela é a melhor? Isso somente você pode dizer. Digo que essa Honda possui uma qualidade acima da média, pouquíssimos componentes merecem ressalvas, assim como a Ténéré. Apenas acho que o motor utilizado pela Honda merece uma reformulação, sem dúvida a marca já poderia ter feito melhorias para solucionar queixas que aparecem normalmente em fóruns na internet com relação ao cabeçote.
Motor e câmbio
Sobre o motor, percebe-se que o grande diferencial da Honda não está presente na XRE. Potência e torque ela tem de sobra, porém o velho defeito persiste: a moto apaga sozinha do nada. Os 26 cavalos dão conta do recado, mas fazem a diferença apenas na arrancada, ambas as motos tem velocidade final muito parecida, mas o consumo de combustível na XRE é maior.
Acabamento e design
A beleza é fator determinante, claro. A XRE é aquela moto do tipo ame ou odeie, a dianteira com seu estilo "bico de pato" gera controvérsias, no mais a moto é bastante harmoniosa esteticamente e com porte maior. O estranho é que a moto atira lama sobre o piloto e carenagens, faltou cuidado da marca em procurar proteger o piloto. Em relação ao acabamento vale destacar o bagageiro e aros em alumínio, assim como a balança, em contrapartida os comandos dos punhos são duros e muito simples. Os punhos machucam.
Conforto
Vou direto ao ponto, a XRE é mais confortável que a Ténéré. Seu banco é mais macio, mas para se decidir mesmo qual moto veste melhor o futuro piloto, melhor fazer um test-drive ou pelo menos montar nas máquinas.
Segurança e equipamentos
Os freios ABS (opcionais) são o anjo da guarda do motociclista, vale a pena pagar a mais por este item.
Na cidade e na estrada
O bom torque faz a diferença na cidade, garantido retomadas rápidas. Na estrada ela vibra menos que a Ténéré, uma pena que não possua sexta marcha como sua predecessora, a Tornado, o que garantiria maior velocidade de cruzeiro.
Peças e serviços
A maior rede de concessionárias do país. As peças são mais fáceis de encontrar e em qualquer lugar, por isso exija procedência, exija nota fiscal. Esta moto é bastante visada pelos "amigos do alheio", faça o seguro.

sábado, 5 de abril de 2014

Comparativo/teste: Yamaha Fazer 250 x Dafra Next 250 x Kasinski Comet GT 250 x Honda CB 300

Quem tem uma moto de baixa cilindrada (50-150) sempre sonha em realizar um upgrade, mas qual moto escolher? Qual a melhor? Muitos optam pela confiabilidade e status da Honda. Outros optam pela inquestionável qualidade e durabilidade da Yamaha. Também é inquestionável que a Dafra está crescendo, juntamente com a qualidade dos seus produtos, que estão sendo desenvolvidos em parceria com empresas estrangeiras. A Kasinski está passando por um período de instabilidade, mas a Comet é de longe um dos seus melhores produtos. Aqui colocarei os principais pontos positivos e negativos de cada moto e, é claro, cabe ao leitor decidir.

Yamaha Fazer 250
No mercado já há alguns anos foi a primeira da categoria a apresentar injeção eletrônica de combustível. As últimas atualizações foram apenas estéticas. Hoje é uma das melhores opções, com excelente custo benefício e grande credibilidade.
Motor e câmbio
Possui um cuidado a mais como o pistão forjado. Apesar de ter apenas duas válvulas e 21 cavalos, essa diferença não se torna fator determinante de escolha. É, junto com a Next, a mais econômica com consumo na casa dos 28-30 Km/l dependendo da tocada. Tem um funcionamento extremamente linear, ou seja, tem uma entrega de potência e torque gradual. Aquele conhecido barulhinho do motor característico da Yamaha está lá, mas não incomoda. O câmbio é um pouco duro, o que também é característica da Yamaha, porém é bastante preciso e ajustado. Tem refrigeração a ar e mecânica extremamente simples.
Acabamento e design
Exemplar. Os comandos dos punhos são os melhores e o painel é completo e de leitura fácil. Vale ressaltar o farol traseiro em led´s  e o é dianteiro de desenho bonito e atual. O porém fica por conta do escapamento, poderia ser mais bonito. Tem porte de moto menor, ou seja, é a menos encorpada. O farol assim como o painel lembra o da irmã maior, a XJ6.
Conforto
A mais confortável, isto graças a posição de pilotagem bem relaxada e guidão na altura certa aliados ao banco macio e firme. As pedaleiras por sua vez ficam na medida certa. Seu tamanho favorece a pilotagem na cidade e nos corredores.
Segurança e equipamentos
Possui freio a disco simples nas duas rodas de bom funcionamento. Não conta com ABS como opcional. Conta com versão bicombustível (Blueflex), que é um pouquinho mais cara, mas é  mais bonita.
Na estrada e na cidade
Divertida e esperta em ambas situações. Na cidade é a melhor por ser mais leve e também graças ao motor de duas válvulas que privilegia rotações mais baixas. Na estrada tem velocidade de cruzeiro um pouco inferior as rivais. Muitos comparam-na com a CB 300, esta com duas válvulas que fazem diferença apenas na "saída".
Peças e serviços
Um dos melhores pós-venda. Preço tabelado e peças acessíveis e uma grande rede de concessionárias.


Comet GT 250
Montada pela Kasinski e fabricada pela coreana Hyosung passou por mudanças estéticas nos últimos anos e recebeu melhorias no módulo de injeção eletrônica que apresentou problemas no modelo de 2011. É a mais bonita e encorpada, mas sofre com o preconceito de alguns motociclistas e com um pós-venda que varia muito de local para local.
Motor e câmbio
Trata-se de um bicilíndrico em "V" este motor 250 cc com 8 válvulas e 26 cavalos, herdado da irmã carenada (Comet GTR), é fraco em baixas rotações, mas conforme sobe de giro se torna vigoroso e bastante elástico. Assim a faixa de rpm útil e a velocidade de cruzeiro fica acima das concorrentes. O câmbio é apenas razoável, melhora com o tempo depois de amaciada.
Acabamento e design
Alguns itens deixam a desejar como o material do banco, no mais é bom. Painel completo, farol em escudo, rodas exuberantes, rabeta e piscas estilosos, traseira com led´s e comandos simples. É a mais bonita e  parece maior do que realmente é sendo facilmente confundida com motos de cilindradas superiores.
Conforto
Comparada ás concorrentes é a menos confortável devido ao banco e a posição de pilotagem com as pernas recuadas e guidão largo. O garupa sofre nessa moto já que o banco é estreito e as alças machucam. A suspensão é dura e merece melhor ajuste, mas a traseira pode ser ajustada facilmente e a dianteira necessita de óleo de qualidade superior. Pode muito bem ser usada no dia-a-dia mas, se você anda sempre com garupa, descarte a Comet.
Segurança e equipamentos
Tem os freios mais potentes e pisca alerta, mas também não tem ABS como opcional. O protetor de tanque poderia vir de série, já o escapamento não possui nenhuma proteção.
Na cidade e na estrada
A melhor na estrada e a pior na cidade. Não chega a ser cansativa no perímetro urbano, mas as concorrentes dão um show neste quesito. Nas rodovias tem fôlego de sobra para uma 250 cc.
Peças e serviços
O calcanhar de Aquiles da Kasinski. Tem lojas com serviços excelentes e outras bem descuidadas.


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Dafra Next 250
Desenvolvida pela Dafra em parceria com a Sym foi uma grata surpresa que hoje se tornou uma realidade, tem preço competitivo e qualidades exclusivas. Aos poucos construiu uma ótima reputação e vem conquistando muitos fãs. É claro que nenhuma moto é perfeita, a Next poderia ser melhor em alguns aspectos, mas não deixa de ser hoje uma excelente opção no mercado, talvez a melhor.
Motor e câmbio
O melhor motor: 250 cilindradas, 25 cavalos, 4 válvulas, injeção eletrônica, refrigeração líquida, além de ser a única a contar com câmbio de seis marchas. Isto proporciona um menor consumo de combustível, boa velocidade de cruzeiro e velocidade final. O câmbio, neste comparativo, fica atrás da Honda e Yamaha.
Acabamento e design
Espetaculares. A Next lembra motos maiores como a CB 1000. Um primor em cada detalhe. As carenagens laterais conferem um toque de esportividade. O banco é bipartido, o farol traseiro possui led´s e as rodas são lindas de viver, sem contar o spoiler sob o motor. O único detalhe que destoa do conjunto é o escapamento, muito grande e que mancha facilmente revelando aquecimento precoce. O painel é o mais completo e o único a contar com indicador de marchas.
Conforto
Tem uma posição de pilotagem diferente com um guidão alto e pedaleiras recuadas. Poderia ser revisto o ângulo de esterço que atrapalha um pouco no trânsito pesado. A sexta marcha permite boas esticadas, já o garupa vai muito bem acomodado.
Segurança e equipamentos
Apesar de não oferecer ABS vem com aeroquip, assim os freios a disco cumprem bem  seu papel. O farol ilumina muito bem e  a moto possui muitos acessórios esportivos.
Na cidade e na estrada 
A sexta marcha favorece o uso rodoviário. O que prejudica um pouco o uso urbano é, como já foi dito, o pouco esterço do guidão.
Peças e serviços
O serviço da Dafra melhorou muito. Não fica devendo em nada, exceto nos preços das revisões de simples troca de óleo e filtro.


Honda CB 300
Apesar de ser a mais vendida disparadamente precisa se renovar. A CB é uma moto confortável, potente, e confiável, mas a Honda já possui, obviamente, novas tecnologias que poderia empregar no seus modelos de menor cc aqui no Brasil. Colocando no papel tudo que ela é e tudo que poderia ser, a CB está acima do preço já que o valor sugerido é muito diferente do que é praticado. Um fator que assusta quem pesquisa sobre a CB 300 é o seu elevadíssimo índice de roubos e, consequentemente, alto preço do seguro. Deixando de lado estes detalhes a CB é uma moto que entrega o que promete e muitos ainda compram pela confiabilidade.
Motor e câmbio
Derivado da finada Twister, com algumas cilindradas a mais e a adição da injeção eletrônica. Perdeu a sexta marcha privilegiando ainda mais o torque em baixas rotações. Os antigos problemas de vazamento do cabeçote foram corrigidos. É realmente um motor extremamente resistente e durável quando bem cuidado. O câmbio é excelente como em toda Honda.
Acabamento e design
A moto possui alguns pontos a serem revistos. Os comandos são os mesmos de muitas motos antigas e atuais de baixa cilindrada da Honda, são ultrapassados e duros. Falta também o relampejador de farol. Em comparação com a Twister faltou a balança de alumínio. As rodas são bem simples, parecidas com as da Fazer. O design remete as motos maiores da Honda.
Conforto
Só não é mais confortável que a Fazer, por ter uma posição um pouco mais esportiva. O garupa também fica muito bem posicionado.
Segurança e equipamentos
De parabéns por oferecer o ABS como opcional, mas a moto fica com um preço exorbitante (entre 15 e 16 mil) com o equipamento. Os pneus mais largos (140) oferecem mais estabilidade e firmeza, além de passar mais esportividade.
Na cidade e na estrada
Excelente comportamento em ambos. Na cidade oferece as melhore retomadas entre as motos do comparativo, mas tem uma velocidade de cruzeiro e velocidade final abaixo do esperado para uma 300 cc. No corredor parece uma moto menor.
Peças e serviços
A maior rede de concessionárias do Brasil. Importante avisar que a Cb 300 é uma das motos mais roubadas do país, ou seja, se for comprar uma faça o seguro.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Comparativo/teste: Honda NX Falcon 400i x Traxx Dunna 600

Sempre desejamos subir de cilindrada. É incrível como sempre queremos um pouquinho mais quando se trata do mundo das duas rodas. Existem duas opções na categoria trail que são muito interessantes e numa faixa de preço menor que as seiscentas. Embora a Dunna seja uma seiscentas, tem preço e potência de moto de porte menor. A Falcon por sua vez tem o preço bastante próximo á sua concorrente, mas deixa a desejar em desempenho. Trago aqui duas motos bastante questionadas e até um pouco esquecidas. Cabe ao consumidor decidir. Vamos ao que interessa.

Honda NX Falcon 400i
A Honda ressuscitou recentemente um grande sucesso, a Falcon. Mas a simples adesão de injeção eletrônica agregou redução de potência, o preço salgado por sua vez também prejudica as vendas. Falta carinho da Honda com o consumidor e com suas motos. A Falcon poderia, por exemplo, ter um painel melhor e não o mesmo XRE, poderia ter comandos dos punhos mais bem acabados, balança em alumínio, freios ABS opcionais, um motor bicilíndrico e assim por diante. Talvez aí sim valesse cada centavo. Não deixa de ser uma boa moto, com reputação excelente, resistente e polivalente. Mas os contras pesam mais. Outro detalhe, é uma moto super visada pelos “amigos do alheio”.
Motor
Tecnologia atrasada, exceto pela injeção eletrônica. Apesar disso tem uma durabilidade enorme quando bem cuidado. Tem apenas 28 cavalos, somente 2 a mais do que a XRE e 7 a menos do que a Dunna. Na prática não há tanta diferença já que a Falcon possui um excelente torque e peso menor que a concorrente, além de ser bastante divertida de pilotar, ter maior aptidão a um leve off-road e excelente conforto. É refrigerado a ar, tem 4 válvulas e mecânica conhecida e simples.
Acabamento e design
Outro ponto a ser revisto. Punhos, comandos e painel foram herdados da XRE. Os faróis não mudaram muito em relação á versão carburada. Em contrapartida possui bagageiro. As carenagens ficaram um pouco maiores e mais afiadas, só. Tem cara de moto remanescente da década passada. O banco proporciona bastante conforto.As rodas, assim como a balança não são de alumínio. Poderia ser melhor.
Na cidade e na estrada
Vai bem na cidade e melhor ainda na estrada. Tem fôlego na medida para ultrapassagens rápidas, apesar da velocidade final relativamente baixa. Passa bem pelos corredores urbanos e oferece muita agilidade. É uma moto excelente para usar no dia-a-dia e fazer viagens de média distância nos finais de semana. O consumo não melhorou muito com a adesão da injeção (18-22 Km/L).
Segurança e equipamentos
Tem freio a disco nas duas rodas, mas o ABS não é oferecido nem como opcional. Os bons pneus dão conta do recado e o faróis iluminam bem. Faltam equipamentos, tanto opcionais como de série.
Peças e serviços
Apesar de ser Honda não é assim tão fácil de encontrar peças da Falcon. Nas autorizadas algumas peças básicas, como o filtro de ar, tem preços absurdos.


Traxx Dunna 600
A Traxx sofre com o preconceito. Merece um voto de confiança, tem uma boa moto e com preço justo, ao contrário da Honda que pede o mesmo (19-20 mil reais é o preço praticado) numa moto com design, desempenho e motor inferiores. A dificuldade é revender a moto, devido ao mesmo preconceito. A Jialing (Traxx) tem grande tradição na china e a Dunna é utilizada pelo exército.
Motor
É um monocilíndrico com 35 cavalos refrigerado a água. Tem bom torque e boas retomadas, mas não chega a ser grande a diferença para a Falcon devido ao seu peso (210 Kg á seco). Permite viagens de média e longa distância devido ao tanque de 19 litros. Pena não ter uma sexta marcha.
Acabamento e design
Acabamento acima da média. Painel completo, bagageiro, comandos bem feitos, lanterna traseira em led´s, farol duplo e 3 bauletos (2 laterais) de série. Os grafismos da carenagem poderiam ser mais bonitos.
Na cidade e na estrada
Vai melhor na estrada. A Dunna é uma trail de verdade e tem grande porte. Tem desempenho bom na cidade, mas em situações de trânsito pesado que estamos acostumados ela dá trabalho. O consumo varia e acordo com a pegada do piloto e pode chegar aos 20 Km/L, poderia ser melhor, mas a relação peso/potência prejudica.
Equipamentos e segurança
Freios a disco, bom farol, baus de série, um pequeno para-brisa, protetor de motor de aço e para-lama traseiro auxiliar. Esta moto tem atributos para vender mais.
Peças e serviços
A Traxx tem poucas lojas em comparação com líderes. Dada a qualidade da Dunna acho difícil que sejam necessárias visitas além das revisões. Mas a durabilidade de cada moto depende do seu dono.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Comparativo/teste: Suzuki Intruder 125 X Dafra Kansas 150 X Kasinski Mirage 150

Hoje vou falar um pouco sobre estas três motos de baixa cilindrada do seguimento custom. Para quem está pensando em comprar uma moto com esse estilo pode ficar confuso e se influenciar pelo peso da marca, no caso a Suzuki, porém o fato é que a Intruder parou no tempo. Dafra e Kasinski estão construindo uma boa reputação e se consolidando no mercado. Kansas e Mirage oferecem mais motor e até sissy bar de fábrica (Mirage). Nada contra a Intruder que sem dúvida é mais suave e confiável, têm o melhor câmbio e melhor valor de revenda. Vamos ao que interessa e mostrar os aspectos positivos e negativos delas.


Suzuki Intruder 125
Moto de respeito, uma pequena valente. Ainda é bonitinha, porém não oferece mais do que a Mirage, por exemplo. Contudo é mais barata. Parece sentir o peso da idade, seria legal uma reestilização de impacto, todavia poderia ficar muito parecida com as concorrentes que , segundo alguns é a mesma moto, o que não é verdade.

Motor
Pode ser um pouco menor, mas é o melhor. Ainda usa carburador assim como Kansas e Mirage. É mais econômico, silencioso e linear.
Câmbio
Melhor câmbio, bem preciso. Tem escalonamento bastante fácil.
Acabamento
Impecável, cromados na medida certa e painel completo. Pena que o farol seja fraco (muitos trocam). Alguns detalhes que fazem os intrudeiros gastarem um pouquinho para equipa-la são a ausência do sissy-bar e proteções (mata-cachorro e para-brisa).  A moto ainda vibra um pouquinho devido à sua cilindrada.
No trânsito
Tem os melhores freios e suspensão, muito confortável. Moto divertida e convidativa para passeios (de curta distância).
Peças e serviços
Por ter um bom tempo de mercado, as peças são fáceis de encontrar, peças estas que são caras nas autorizadas. Ultimamente vem ganhando atenção dos gatunos.
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Dafra Kansas
Lançada em 2008, faz sucesso nas ruas, principalmente pela ousadia na cor laranja. Criou-se uma mística do quadro frágil. Ótima opção para quem quer sair da mesmice.
Motor
Ainda usa carburador, mas não deixa a desejar em potência e nas retomadas. Consumo dentro dos padrões (30-32 KM/L).
Câmbio
 Acredito que melhore depois de amaciada e feita as devidas trocas de óleo.
Acabamento
Poderia ser melhor, pois o indicador de marchas no tanque embaça fácil quando molhado muito devido à chuva. Faltou o marcador de combustível presente nas rivais. O velocímetro sobre a mesa ,assim como na Mirage, é um charme. Há casos de chassi partido (conheci pessoalmente um proprietário que teve esta "sorte" , o quadro da moto foi prontamente trocado na garantia).
No trânsito
Feita para rodar na cidade e passear nos fins de semana. O guidão largo ajuda a contornar os outros veículos. Não recomendável usa-la demais na chuva devido ao acabamento dos parafusos que enferrujam com o tempo.
Peças e serviços
Melhorou com os anos. Bons preços na manutenção.

Kasinski Mirage 150
Lançada há pouco tempo, esperava-se a mesma qualidade da irmã maior, entretanto ocorreram alguns probleminhas de vazamento de óleo, descasque da pintura e ferrugem de parafusos nos modelos novos, o que pode ser resolvido facilmente. Única com sissy-bar. Ganhou o prêmio de moto do ano na categoria duas vezes, não pode ter sido á toa.
Motor
O que mais vibra. Consumo e desempenho parecido com a Dafra.
Câmbio
Impreciso. Melhora após o amaciamento.
Acabamento
Alguns componentes merecem um cuidado especial do dono, como pintura e farol que pode embaçar quando molhado. Marcador de combustível sobre o tanque muito útil.
No trânsito
O banco é duro em comparação com as concorrentes. Chama a atenção pelos cromados estilo retrô. É linda.A suspensão é tão boa quanto a Intruder.
Peças e serviços
Motivo de muitas queixas vem melhorando.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Comparativo/teste: Dafra Apache X Suzuki Yes X Honda fan 125 x Yamaha Factor 2014

Com um trânsito tão caótico e os ônibus lotados, a melhor opção é adquirir uma motinha pra ir e vir sem problemas, porém são diversas as opções de marcas e modelos. Temos em evidência a novata Dafra, que melhorou bastante seus produtos, e temos as consagradas Honda e Yamaha, a Suzuki vem perdendo espaço pela demora na renovação da sua linha. O fato é que Honda e Yamaha são relativamente caras e seus produtos de 125 cc estão um pouco ultrapassados. A querida yes não sofreu grandes mudanças desde seu lançamento em 2005. Chance para as outras marcas ganharem seu espaço. Dafra, Kasinski, Marva merecem um voto de confiança.
Não escrevo aqui para criticar, além do mais cada um tem seus gostos. Apenas quero ajudar quem esta com dúvidas colocando minhas experiências em cima dessas streets.
Neste primeiro comparativo vou citar os pontos mais importantes das motos.

Dafra Apache 150
Uma 150 cc que se destaca entre as outras, tem porte de moto maior, além do preço atraente: R$6.490,00. Com a chegada da Riva (R$5.490,00) acirra ainda mais a concorrência.
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Motor
É a que mais vibra das quatro, enche rápido. Isso se deve ao seu apelo esportivo e seu peso. Ainda usa carburador, o que não interfere no seu bom consumo (*em torno de 35 km/l).
*Depois de amaciada.
Câmbio
É preciso. Mas é quase impossível engatar o neutro quando o motor está quente.
Acabamento
Impecável. Nem se vê o logotipo da Dafra na moto (que è feita pela TVS-indiana). Os encaixes são perfeitos e possui um painel que tornam fan e factor sem graça. O design não é unanimidade, mas vale a pena ter uma moto diferente das outras. Vem completa de fábrica. A tampa do tanque de combustível não é confiável.
No trânsito
A posição esportiva cansa um pouco. Contorna bem os outros veículos. Suspensão a gás no nível das concorrentes. É confortável, mas é um pouco pesada.
Peças e serviços
O atendimento está ficando bom. Pode melhorar. Os preços são razoáveis, mas os serviços de revisão demoram um pouquinho.


Suzuki Yes 125
Perdeu fôlego. Sete anos de mercado sem grandes mudanças fizeram essa bela moto “cair pelas tabelas”. Merece melhorias, falta carinho da Suzuki com a sua moto. As novas GSR 125 e GSR 125 S foram na minha opinião um “tiro no pé”. Não só pelo design um pouco ultrapassado, mas também pelo consumo alto. Ainda é uma opção a ser levada em consideração.


Motor
Bastante conhecido. Funcionamento linear. Consumo semelhante à Apache.
Injeção eletrônica e um pouquinho mais de cilindrada só na GSR150i que é bem mais cara.
Câmbio
Engates bastante precisos, talvez o melhor câmbio.
Acabamento
Painel completo, único que possui indicador de marchas entre as motos avaliadas. As rodas de liga são afiadas, é necessário cuidado na hora de lavar a moto. Quem é alto fica um pouco desconfortável. Farol traseiro divide opiniões.
No trânsito
Leve e extremamente fácil de conduzir. É gostoso pilota-la, apesar da suspensão traseira muito dura. O banco compensa.
Peças e serviços
Preços salgados nas autorizadas, nada que comprometa.


Honda Fan 125
Pau pra toda obra, é a moto mais vendida do Brasil junto com a 150. Faltam tanto opcionais como itens de série, pelo que oferece deveria ser mais barata e ainda assim é a moto mais vendida.

Motor
Sensacional. Nunca deixa na mão, como dizem “funciona até quebrada”. Consumo muito bom e mecânica simples, qualquer mecânico mexe. O porém fica por conta do carburador.

Câmbio
Excelente.
Acabamento
Painel sequer tem marcador de combustível. Farol fraco. Não possui descanso central. Pra resumir é básica demais.
No trânsito
Fica clara a proposta urbana, com banco e suspensão próprios para a buraqueira das cidades. Não deixa de ser uma moto confortável, mas nesse quesito perde para a Factor.
Peças e serviços
Encontramos peças em qualquer oficina. Os gatunos não perdoam, o índice de roubo dessa moto assusta, consequentemente o preço do seguro pode ser um empecilho.


Yamaha Factor 2014
É sem sombra de dúvidas a mais equilibrada. Além de ser bonita.


Motor
O mais econômico (37 a 42 KM/L). Ainda tem aquele velho barulhinho chato. Tão confiável quanto à fan e muito usada para trabalho.
Câmbio
Muito bom, porém um pouco duro como toda Yamaha.
Acabamento
Perfeito, exceto o painel retrô, é completo, mas totalmente analógico. O modelo 2014 vem com economia de peças, por exemplo, nos pedais do garupa que agora tem suporte bastante simples.
No trânsito
A mais confortável. Melhor suspensão, banco e freios. O trânsito pesado é seu habitat natural, tem boas retomadas e embora tenha só 10 cavalos seu peso baixo compensa.

Peças e serviços
 Assim como a fan tem excelente mercado de peças e gande procura pela bandidagem.



 
***Créditos já nas imagens.
Considerações finais:
O objetivo não é colocar uma moto como vencedora, mas explicitar os atributos de cada uma e ajudar na escolha de interessados.
 

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